Governo torna país “centro de emprego” para “familiares” e “amigos”, segundo o líder do CDS-PP

O presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, acusou o Governo de tornar “o país e o Estado num autêntico centro de emprego” para “lá colocar os seus familiares, as suas clientelas e os seus amigos”.

O PS está a tornar este país e o Estado num autêntico centro de emprego. Engorda-o com o dinheiro dos nossos impostos, porque isto é pago através do dinheiro que nós entregamos ao Estado, para lá colocar os seus familiares, as suas clientelas e os seus amigos”, criticou Francisco Rodrigues dos Santos.

Em Évora, onde inaugurou hoje a sede de campanha autárquica da coligação PSD/CDS-PP/PPM/MPT, juntamente com o presidente social-democrata, Rui Rio, o líder “popular” argumentou que o Governo, “fruto dos acordos que fez com a extrema esquerda, está mais empenhado em agradar às suas clientelas políticas do que em ajudar o país a recuperar”.

“É por isto que este PRR [Plano de Recuperação e Resiliência] vai ser uma oportunidade perdida na recuperação da nossa economia e vai atrasar ainda mais o nosso país”, porque “virou as costas à iniciativa privada e aos nossos empresários”, que são “quem cria riqueza e gera postos de trabalho”, disse.

O Governo canalizou “a maior parte das verbas” do PRR “para o setor público”, ou seja, para “o país que o PS conhece porque é lá que vivem os seus familiares e os seus amigos”.

Segundo o presidente do CDS-PP, no dia em que o Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou a descida da taxa de desemprego e a subida do Produto Interno Bruto (PIB) português, o emprego aumentou em Portugal, mas “a maior parte é emprego público”, conseguido “à conta de um aumento da função pública”.

“E a verdade é só uma, o Estado transformou-se no verdadeiro sufoco para a economia real, que escraviza os portugueses em impostos e que impede a nossa economia de recuperar e as pessoas de ter uma vida que fuja a uma situação de pobreza”

Para Francisco Rodrigues dos Santos, “trabalhar em Portugal hoje em dia já não compensa”, porque “o nível de impostos é tão elevado que as pessoas, mesmo trabalhando, não conseguem cumprir o seu projeto de vida, porque o Estado transformou-se no maior centro de emprego do país”.

Questionado pelos jornalistas sobre os números hoje revelados pelo INE, o líder do CDS-PP considerou que, relativamente aos dados do desemprego, “estão altamente maquilhados por cosmética deste Governo, através de estágios e cursos de formação”.

Quanto ao aumento do PIB, Francisco Rodrigues dos Santos lembrou que, “agora, com o início da libertação da atividade económica” nacional, após um ano de 2020 marcado pela pandemia de covid-19, “é óbvio” que cresça.

“Eu acho que o termo de comparação exato deve ser face a 2019”, antes da pandemia, afirmou, considerando que estes números agora conhecidos são “bastante precários” ou até “poucochinho, utilizando uma expressão do nosso primeiro-ministro”.

O INE revelou hoje que o PIB português registou um crescimento de 4,9% no segundo trimestre, face ao primeiro, e de 15,5% face ao mesmo período do ano passado.

Já a taxa de desemprego caiu para os 6,6% em julho, menos 0,2 pontos percentuais do que em junho e menos 1,5 pontos percentuais face ao mês homólogo, disse também o INE.

Lusa