Primeiro Ministro dá a conhecer as novas medidas no combate à pandemia

A subida dos casos conduzir-nos-á a uma situação de pressão” no SNS, disse António Costa

  • “Há mais pessoas que estão infetadas”, nota Costa, o que quer dizer que “a pandemia está a crescer de forma significativa”.
  • “2.400.000 pessoas já descarregaram a App StayAway Covid”
  • “96,6% das pessoas infetadas continuam a poder estar em casa, em recolhimento domiciliário, sem terem de ser sujeitas a internamento. Ainda assim, há 2,9% que estão em internamento hospitalar e 0,5% em Cuidados Intensivos”, dá a conhecer, o PM.
  • No que diz respeito aos Cuidados Intensivos, há 286 doentes Covid-19 internados, com “uma reserva de 70 camas disponíveis exclusivamente” para estes doentes. Há ainda 505 camas de Cuidados Intensivos “que podem ser mobilizadas” para os doentes com Covid-19. Se continuarmos a pressionar teremos dificuldades crescentes”, reconhece.
  • Governo vai contratar enfermeiros reformados e abriu concurso para contratar outros 350 para UCI
  • Também para “agilizar o relacionamento” dos utentes da linha SNS24 para obter as declarações a apresentar à entidade patronal, o documento passa a ser elaborado pela linha SNS24.
  • “Temos o dever cívico de nos mobilizarmos para ajudar”, explica Costa, citando cinco regras: Manter a distância física sempre que possível; Usar a máscara nos locais fechados e via pública sempre que há mais gente; Cumprir a etiqueta respiratória, tossindo e espirrando para o cotovelo; Lavar e desinfetar as mãos; Utilizar a app StayAway Covid”
  • O critério definido pelo Governo para classificar um concelho como sendo de “risco elevado” é o de observar-se uma taxa de 240 casos por cem mil habitantes nos últimos 14 dias. O critério é “uniforme para toda a União Europeia” e tem origem no Centro Europeu de Controlo de Doenças. Manter as medidas aplicadas a apenas alguns concelhos baseia-se numa “intervenção tão restrita quanto se torne necessário”.
  • Há 121 concelhos de alto risco em Portugal. Por outro lado, a contiguidade territorial pode levar à inclusão de alguns concelhos na lista de alto risco, mesmo que não tenham ultrapassado a taxa de incidência de 240 casos por 100 mil habitantes. Moita, Montijo, Barreiro e Alcochete são casos na Grande Lisboa, tal como Sobral de Monte Agraço. No Norte, aplica-se a Viana do Castelo e a Mondim de Basto, Sabrosa, Santa Marta de Penaguião e Mesão Frio. Assim, o critério aplica-se a 121 concelhos, num universo de 7,1 milhões de habitantes.
  • Lista revista a cada 15 dias “Todos os dias”, reconhece Costa, há concelhos que alcançam esta barreira, pelo que “a cada 15 dias” a lista será revista. A “esperança” é a de retirar concelhos da lista de alto risco, mas “a maior probabilidade é que daqui a 15 dias estejamos a acrescentar concelhos”. “Entrarão tanto menos e sairão tantos mais quanto cada um de nós for eficiente a travar o contágio”.
  • “As exceções existem mas, a regra é a de que devemos ficar em casa”.
  • As medidas aplicadas a 121 concelhos a partir de 4 de novembro: Está reposto o dever cívico de recolhimento domiciliário – cada cidadão deve ficar em casa, limitando as saídas ao essencial e com as exceções aplicadas nos meses de março e abril; O desfasamento de horários de trabalho passa a ser obrigatório;Todos os estabelecimentos comerciais devem encerrar a partir das 22h; Restaurantes com mesas limitadas a um máximo de seis pessoas e com horário limitado até às 22h30; Eventos limitados a cinco pessoas, exceto se pertencerem ao mesmo agregado familiar; Proibidas feiras e mercados de levante;Teletrabalho obrigatório, salvo impedimento do trabalhador. Todas as regras entram em vigor no dia 4 de novembro.
  • Costa que reunir com Marcelo sobre estado de emergência. As medidas abrangem “70% da população residente”, alerta o primeiro-ministro. António Costa já pediu uma audiência ao Presidente da República para o consultar sobre a declaração de um possível estado de emergência nestes 121 concelhos ou tantos quantos passem a cumprir a taxa que os define como de alto risco.
  • “Todos somos poucos” para ajudar. As autoridades existem para nos ajudar”, sublinha o primeiro-ministro António Costa, pedindo responsabilidade a todos os portugueses. “Todos somos poucos para nos ajudarmos uns aos outros”, remata.

Francisco Ferra / Jornal Mira Online com TSF

Imagem: © António Cotrim/Lusa