Governo vai decretar estado de calamidade na Serra da Estrela

Segundo a governante, o estado de calamidade será decretado pelo Conselho de Ministros e “dará condições para que todos, Estado e autarquias, possam responder às necessidades” do território que foi afetado pelo incêndio na Serra da Estrela.

O incêndio na serra deflagrou no dia 6 de agosto na Covilhã e foi dado como dominado no dia 13, mas sofreu uma reativação dois dias depois. Foi considerado novamente dominado na noite de quarta-feira, dia 17, onze dias depois.

Devido ao seu impacto, com a destruição de cerca de 25 mil hectares, de acordo com dados preliminares avançados pelas autoridades, os autarcas dos concelhos atingidos exigiram a ativação do estado de calamidade.

Esta tarde, Mariana Vieira da Silva, ministra da Presidência, adiantou que o Governo vai decretar estado de calamidade na sequência do incêndio — mas datas e a definição dos territórios incluídos só serão conhecidos num Conselho de Ministros a realizar.

Mariana Vieira da Silva falava aos jornalistas no final de uma reunião conjunta entre Governo e autarcas de seis municípios abrangidos pelo Parque Natural da Serra da Estrela – Manteigas, Celorico da Beira, Covilhã, Guarda, Gouveia e Seia – e ainda de Belmonte, também presente por ter sido atingido pelas chamas, para “avaliar as necessidades e respostas integradas para estes concelhos” na sequência do incêndio que afetou a região.

“Essa é a garantia principal que aqui trouxemos, várias áreas do Governo, para mostrar que a intervenção, aqui, tem que ser integrada. Da Agricultura ao Ambiente, do Trabalho e da Solidariedade à Coesão Territorial, da Administração Interna. É fundamental que todas estas áreas participem nesta reconstrução”, declarou a ministra.

A ministra afirmou que nos próximos 15 dias vai ser feito o levantamento dos prejuízos e, depois disso, o Governo vai aprovar “um conjunto de respostas e medidas ao abrigo do estado de calamidade”.

Mariana Vieira da Silva disse ainda que o apoio vai ser dividido “em várias fases”, incluindo “apoio à alimentação animal” e a retirada de madeira dos terrenos.

Madremedia