Festival em Coimbra quer mostrar o catálogo da editora Roda Music

O festival Roda Music vai realizar-se de 16 a 19 de setembro, em Coimbra, com os sete concertos a serem uma espécie de “amostra” da editora, que trabalha entre o jazz, a improvisação e a música contemporânea.

O festival, que conta com o apoio do programa Garantir Cultura, vai dinamizar sete concertos, um ‘workshop’ e uma conferência, em quatro dias, decorrendo no Salão Brazil, Teatro da Cerca de São Bernardo e Casa das Artes, afirmou hoje à agência Lusa um dos responsáveis do festival, Luís Figueiredo.

O festival procura ser uma “amostra do catálogo da editora”, criada recentemente e que, durante o evento, vai apresentar os seus sexto e sétimo discos, “Math Trio”, de João Mortágua, e “Faro Oeste”, do Quinteto Luís Cunha, refere.

Durante os quatro dias, haverá também a estreia do novo projeto de Pedro Branco, “Branco toca Marco Paulo”, em que o guitarrista se centra na obra do cantor romântico, especialmente no disco “Ver e Amar”, de 1970, e também do Quarteto de Pedro Moreira, que se vai apresentar no Teatro da Cerca de São Bernardo.

Pelo festival, passam ainda o pianista André Cardoso, o trio Círculo e o projeto Electroville Jukebox, que encerra o certame.

Segundo Luís Figueiredo, a Roda Music surgiu em 2019, a partir do próprio, da cantora Rita Maria e do contrabaixista Mário Franco, que queriam lançar um projeto em conjunto (Círculo) e andavam à procura “de soluções editoriais”.

“Sentimos necessidade de encontrar uma solução editorial para nós e construir um projeto que servisse para edições futuras nossas e de outros músicos”, explica.

A editora, aclara, “foca-se essencialmente em música feita agora e tem essa urgência e essa necessidade de dar à luz música que é reflexo do dia de hoje”.

“Não estamos muito interessados em fazer coisas retrospetivas. Estamos apostados na criação atual, com o jazz, a improvisação e a música contemporânea como os grandes pilares”, resume.

De acordo com o músico, o catálogo da editora é tão variado que permite fazer um “festival com diversidade”.

Luís Figueiredo espera que seja possível fazer o festival pelo menos de dois em dois anos, mas essa intenção estará dependente de um financiamento mais estável que permita “planificar as atividades”.

O programa do festival está disponível em rodamusic.weebly.com/festival.html#/

Lusa