Exposição de pinturas dos utentes da APCC vai ficar patente durante um mês

“Diamonds and Rust” são quatro dezenas de pinturas, da autoria dos utentes da Sala O2 do Centro de Atividades Ocupacionais da Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra (APCC), que estarão patentes no Centro de Reabilitação de Paralisia Cerebral de Coimbra, no Vale das Flores, até 21 de Julho. Criadas com recurso às técnicas da colagem, relevos, folha de cobre, pintura, ferrugem e stencil, estas obras poderão ser vistas – e adquiridas – de segunda a sexta, das 08:00 às 18:00 horas.

A inauguração teve lugar, perante colaboradores da Associação e os primeiros visitantes, com a presença de Fernando Filipe de Oliveira, presidente da Direção, e António Valente, professor de artes plásticas e responsável pelo projeto SOCRIN – SOCIALMENTE, CRIATIVO e INCLUSIVO, em que esta iniciativa se insere e que procura contribuir para a visibilidade social deste grupo de pessoas.

“Diamonds and Rust” tenta suscitar em cada visitante uma interpelação de ideias pré-concebidas em torno dos conceitos de beleza e fealdade. Estendendo a metáfora para o processo criativo que originou este conjunto de trabalhos, procura-se mostrar como uma realidade mais áspera e suja (a ‘ferrugem’ do título) pode levar ao brilho e à luz (os ‘diamantes’ que são cada um dos utentes envolvidos e as suas obras).

Trata-se da sexta exposição coletiva dos utentes da Sala O2, tendo sido já dadas a conhecer coleções dedicadas à linoleogravura, à pintura, à monotipia, à escultura, aos brinquedos de mola ou aos fantoches. A apresentação pública de trabalhos artísticos ou produtos manufaturados é uma forma de apoiar e fomentar o processo inclusivo, em linha com a missão da APCC de promover a inclusão social de pessoas em situação de desvantagem, com especial incidência nos que têm deficiência ou incapacidade.

A Sala O2, que funciona na Quinta da Conraria, é frequentada por pessoas com significativas limitações da atividade e restrições na participação, mas empenhadas em trabalhar – com ou sem adaptações – e mostrar as suas atividades sociais, criativas ou lúdicas, numa perspetiva ordenada do saber fazer.