Aldeias Históricas de Portugal vão otimizar o uso da água e da energia em parceria com a Agência Nacional de Energia

Em linha com os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável e com o Pacto Ecológico Europeu (Green Deal), a Rede Aldeias Históricas de Portugal pretende, assim, tornar-se a primeira Rede, a nível europeu, a beneficiar de um estatuto de eficiente nos domínios hídrico e energético, assente na visão estratégica: “Aldeias Históricas de Portugal: uma rede urbana sustentável e pioneira no seu contributo para o crescimento verde dos territórios de baixa densidade”.

De facto, as eficiências energéticas e hídricas integram o Plano de Ação para a Agenda Climática e Energia Local, tratado no âmbito do Programa Pacto de Autarcas, no qual a AHP-ADT e os municípios, enquanto signatários, assumiram a redução de 45% de CO2 até 2030. Um plano que contempla um total de 23 medidas associadas aos diferentes eixos de atuação. A parceria com a Agência Nacional de Energia (ADENE) é decisiva para a corporização de algumas destas medidas, assumindo-se, assim, como a base de um trabalho contínuo e coletivo.

A “primeira pedra” deste ambicioso, mas necessário caminho conducente à competitividade territorial e ao fortalecimento do seu posicionamento como território sustentável no contexto nacional e europeu, foi dado com uma visita de técnicos da ADENE. No terreno, foram avaliados os passos necessários para a eficiência hídrica e energética da Rede Aldeias Históricas de Portugal. Joaquim Felício, da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) e Jorge Brandão, do Plano Operacional Centro 2020 (POCENTRO2020), também marcaram presença.

No âmbito da visita, foi promovida uma reunião com os 10 autarcas das 12 aldeias que integram a rede, onde a ADENE avançou com o eventual quadro operacional de transformação das Aldeias nestes domínios e sublinhou o interesse na formalização da parceria, não apenas pela sua natureza excecional, mas por se tratar de uma intervenção inovadora e em estrito alinhamento com as premissas de salvaguarda e de preservação da identidade patrimonial.

Igual posição foi evidenciada pelos representantes das 10 autarquias, que, de forma inequívoca, assumiram o compromisso de contribuírem para que as Aldeias Históricas de Portugal se tornem uma rede urbana ainda mais sustentável.

 

Sobre a parceria, Carlos Ascensão, presidente da Aldeias Históricas de Portugal, comentou: “Este é mais um projeto que evidencia a estratégia e o dinamismo da Aldeias Históricas de Portugal – Associação de Desenvolvimento Turístico, sempre na vanguarda da inovação. É também uma nova prova do nosso compromisso com a sustentabilidade, numa época em que se impõe cada vez mais dar prioridade a uma gestão inteligente e responsável dos nossos recursos hídricos e energéticos, e à conservação da natureza. E num território tão rico em paisagens de serra e agrícolas, planícies, zonas ribeirinhas, parques naturais, reservas protegidas e zonas de lazer, isso ganha uma importância ainda maior”.

Para o presidente da ADENE, Nelson Lage, “a ADENE pode ter um contributo importante neste objetivo de tornar as Aldeias Históricas de Portugal uma rede urbana sustentável e pioneira, no seu contributo para o crescimento verde dos territórios de baixa densidade”.

Já Jorge Brandão, do programa de investimento Centro 2020, disse: “O trabalho que é aqui feito marca um patamar muito elevado de dinamização do território, de valorização dos recursos e do património, e é nessa perspetiva que sentimos que vale a pena apoiar este projeto”.

Joaquim Felício, da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) acrescentou ainda: “Tratar de questões de eficiência hídrica e energética é falar de futuro. Por isso, num território repleto de património, esta é uma aposta certa”.

Esta parceria afirma-se como instrumental e estratégica para a concretização do desígnio de desenvolvimento sustentável e crescimento verde definido como basilar na estratégia da rede. Acelerar a descarbonização das 12 Aldeias Históricas de Portugal, fortalecer a sua capacidade para se adaptarem aos impactos inevitáveis das alterações climáticas e permitir que os cidadãos tenham acesso a uma energia segura, sustentável e acessível são objetivos que se esperam alcançar.