O prato é constituído por 1 dose de sardinha assada na telha, batata assada e salada.

Em alternativa, há bacalhau grelhado com batata a murro( o bacalhau é desfiado, misturado com batata a murro, cebola, alho, bem regado com bom azeite e abafado).

Haverá, ainda, caldo verde, sobremesas variadas e bom vinho!

A sardinha assada na telha, era um prato confecionado essencialmente para as grandes safras, como as vindimas, as ceifas ou empreitadas com muita gente, era cozinhado na vespera, aproveitando o forno quente da confeção da fornada de broa.

As sardinhas eram tempreadas de sal e passadas por farinha de milho, colocadas em telhas de cano com uma cama de folhas de videira ou figueira (esta última confere um sabor forte que nem todas as pessoas apreciam), as folhas de couve também eram utilizadas quando não havia videira ou figueira, mais tarde, com o aparecimento dos sacos de farinha e rações, as telhas passaram a ser forradas com papel, por ser mais prático. As telhas eram colocadas no forno quente por cerca de 20 a 30 minutos, as sardinhas eram retiradas da telha e empilhadas em ceiras que no outro dia seriam levadas para o almoço dos jornaleiros (pessoas que trabalham à jorna) e comidas frias com broa.

As batatas assadas na areia, era uma técnica usada pelos gandareses, na Praia da Tocha, mas também pelos agricultores com terrenos perto das dunas, consistia em aquecer uma cova de areia branca com uma boa fogueira, as batatas de tamanho pequeno/médio (chamadas de roleiras) eram colocadas na cova e cobertas com areia muito quente, era feita uma fogueira por cima durante 20/30 min, após este tempo eram “roleiradas” com um pau comprido (fazendo com que elas desse uma volta) e cobertas novamente com areia por mais 10/15 min. Retiravam-se e sacudiam-se, rebolando-as num saco de linho para retirar a areia que eventualmente estivesse colada à pele. Estas batatas acompanhavam principalmente o bacalhau assado na brasa, mas também sardinha assada, aproveitando as brasas que se haviam formado no aquecimento da areia.