04.2.2023
Um Vilaverdense extremamente forte “arrumou” ainda antes do intervalo, o destino do primeiro jogo da eliminatória da Taça da AFC. Para conseguir contrariar o poderio da equipa figueirense, vai ter de existir “um Domus” como houve na segunda parte… e, mais alguma coisa!
Dois golos nos primeiros dois minutos de jogo, normalmente, deitam por terra (ou, muito perto disso) as esperanças de uma equipa. E foi o que aconteceu na noite de sexta-feira, no Cabanão.
A equipa do Vilaverdense entrou forte, decidida a mostrar que não estava em Portomar para ceder espaços, nem deixar o Domus querer tomar conta do jogo e a equipa da casa, como que a não esperar a entrada de rompante do adversário, viu-se grega para estabilizar o seu futsal… na verdade, isso só aconteceu após o intervalo!
Na segunda metade, sim, viu-se um cheirinho do Domus Nostra, principalmente no que se refere à uma atitude mais agressiva – no bom sentido da palavra. Nessa parte do encontro, os visitantes fizeram-se valer da rotatividade e da sua posse de bola, onde iam fazendo o tempo passar, seguros de quem, mesmo a sofrer dois golos, eram donos e senhores do resultado final.
Mas, além disso, os vilaverdenses tinham um enorme trunfo, chamado Gustavo! Fazendo valer o bom coletivo que possui, foi sempre baseado na presença constante desse verdadeiro craque, que os visitantes fizeram o seu jogo: atrás, no meio, na frente, seja onde for, esse antigo jogador de I e II Divisões (embora tenha apenas 31 anos de idade) foi sempre o esteio da vontade de vencer! Quem o vê, quer seja a driblar, a rematar forte com os dois pés, ou a segurar o jogo, sendo extremamente difícil desarmá-lo, até pensa que o futsal é um jogo fácil de ser jogado!
Por tudo isso, o resultado ajusta-se (embora a diferença de golos pareça ser demasiada). A primeira parte fez toda a diferença, mas o Domus Nostra não é, nunca foi, nem nunca será, equipa de entrar em campo, já derrotada. O milagre, entretanto, para contecer, precisará ser conquistado não a partir do 21º minuto mas, isso sim, a partir do primeiro segundo do jogo decisivo desta eliminatória…
Palavras de Gustavo:
O MVP, mesmo sabendo que a eliminatória está muito bem encaminhada, não dá por garantida. Afirmando que “sabíamos que o Domus é muito forte em casa e com adeptos fantásticos” Gustavo acredita que “o coletivo prevaleceu , apesar do resultado final ser demasiado volumoso”. “Respeitar o adversário é a chave do sucesso no segundo jogo já que, para ele, “a eliminatória não está decidida… nem de perto, nem de longe!”
Palavras de Henrique Oliveira:
Racional e convencido da superioridade adversária do primeiro ao último minuto, o treinador dos rubro-negros de Portomar confirmou que “sofrer dois golos a abrir, mata uma equipa” entretanto, não deixou de elogiar a postura dos seus pupilos nos últimos vinte minutos. “A ambição ainda existe” confirma, mas “ciente de que teremos de ser muito melhores” no segundo jogo. Questionado sobre se havia dado um puxão de orelhas, ao intervalo?” HenriqUe Oliveira afirmou que foi preciso “puxar por eles e mostrar-lhes que a característica deste clube é a de mostrar garra e nunca se entregar perante as advesidades…”
DOMUS NOSTRA:
AZEITEIRO, JORGE, PIPO, LIMA, DIOGO (C), ZAGALO, CAVADAS, DANIEL CAMPOLARGO, PEDRO MARQUES, PACHECO, GONÇALO e LÉO. – Treinador: HENRIQUE OLIVEIRA
VILAVERDENSE:
RENATO, SOUSA, MARCELO, JOÃO FREITAS, DIOGO, PEDRO, DAVID, MARCELINHO, DANI, MIGUEL, GUSTAVO e PATRICK – Treinador: MANUEL CANTANTE
ARBITRAGEM:
ANTÓNIO HENRIQUEZ, FILIPA PRATA e MARIANA PEDRO (CRONOMETRISTA)
MARCHA DO MARCADOR:
0X1 – 1 MIN: PATRICK; 0X2 – 2 MIN: LIMA (AG); 0X3 – 9 MIN: SOUSA; 0X4 – 22 MIN: GUSTAVO; 1X4 – 30 MIN: PEDRO MARQUES; 1X5 – 35 MIN: DAVID; 2X5 – 36 MIN: DANIEL CAMPOLARGO; 2X6 – 37 MIN: DAVID (PEN.); 2X7 – 39 MIN: GUSTAVO
ADMOESTAÇÕES:
CAVADAS, DANIEL CAMPOLARGO (amarelos); PIPO (vermelho direto, no penalty)
DESTAQUES:
MVP:
GUSTAVO, pois claro!
OUTROS DESTAQUES:
AZEITEIRO (evitou mais golos, com boas defesas), ZAGALO e CAVADAS (sempre a lutarem até a bola sair…), RENATO (GR bastante seguro), DAVID (outro craque, daqueles que passa despercebido mas, repentinamente… lá está ele a espalhar magia!) e PATRICK (Capitão na verdadeira acepção da palavra!), equipa de arbitragem (bom trabalho desenvolvido ao longo dos 40 minutos… e, convenhamos, não é muito comum elogiar-se alguma equipa de arbitragem da AFC!)
JornalMiraOnline
