Vagos deu o arranque ao “Congresso da Região de Aveiro”

O Congresso da Região de Aveiro arrancou no dia 15 de junho de 2021, no Espaço Museológico Arte Xávega, na Praia da Vagueira.

Este congresso encontra-se a decorrer em formato descentralizado, pelos 11 municípios que fazem parte da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA) e termina até a 6 de julho. Tem como objetivo apresentar, discutir e debater as principais temáticas de assuntos e projetos da região com particular destaque para a questão da mobilidade, o ambiente, a educação e o património.

O Congresso iniciou, no espaço Museológico Arte Xávega na Praia da Vagueira, com a apresentação da candidatura do Barco Moliceiro a Património Imaterial da UNESCO bem como a apresentação dos novos Roteiros Turísticos da região.

Nesta sessão, intervieram Silvério Regalado, Presidente da Câmara Municipal de Vagos, Ricardo Luz, da Gestluz Consultores, Daniel Costa, do Instituto e Planeamento de Desenvolvimento do Turismo (IPDT), José Ribau Esteves, Presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro e Pedro Machado, Presidente do Turismo do Centro.

Silvério Regalado,  Presidente da Câmara Municipal de Vagos, fez a abertura oficial dos trabalhos referindo que ”escolhemos este espaço, ligado à Arte Xávega no sentido de lançarmos este desafio à Comunidade Intermunicipal para que, no âmbito do projeto que já fizemos no passado, dar valor ao nosso património de construção naval e para podermos, também, no futuro, para além do Barco Moliceiro, candidatarmos o Barco da Arte Xávega ou a própria Arte Xávega” referindo, ainda, que “é um património que se nós não fizermos nada, vai desaparecer”.

De seguida, Ricardo Luz, da Gestluz Consultores, abordou o tema do Produto Turístico Integrado e começou por referir que “a Ria de Aveiro é um recurso único” e que “trabalhando em conjunto ganham todos”. Afirmou ainda que “a região será tão mais forte quanto mais âncoras tiver espalhadas por todos os concelhos”. Concluiu dizendo “queremos pôr a região no mapa mundial”.

Logo após, usou da palavra Daniel Costa, do IPDT, que falou sobre a Certificação do Património, referindo que a candidatura “teve como objetivo pensar o território” e que do levantamento realizado dos elementos culturais existentes e, olhando para o tipo de boas práticas que já se encontram classificadas a nível internacional na UNESCO, surgiu um padrão que se mostrava uma prioridade, sendo este o Barco Moliceiro e a Carpintaria Naval da Região de Aveiro por cinco razões: pela história, a identidade, a arte a adaptação e o horizonte.

De seguida, foi apresentado o vídeo da Grande Regata de Moliceiros da Ria de Aveiro seguindo-se a intervenção de José Ribau Esteves, Presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro, onde, no seu discurso, referiu que neste processo de candidatura e de estudo foi escolhido o Barco Moliceiro porque ele é “agricultor, velocista e turista” e que “esta candidatura realizada ao Centro 2020,  que nos financia esta segunda fase do nosso trabalho, são quase 70.000 euros financiados a fundo perdido pelo Centro 2020, no quadro da nossa DLBC (Desenvolvimento Local de Base Comunitária) Costeira”. Ribau Esteves apresentou, ainda, os três novos roteiros temáticos: “Arte e Cultura,” “Ao Sabor da Ria” e “Náutico e Natureza”.

Por último, Pedro Machado, Presidente do Turismo do Centro, sintetizou esta sessão em dois conceitos “confiança e posicionamento”, referindo que o reforço do posicionamento da sub-região “traduz valor para toda a região centro” e lançou o desafio dizendo “nós precisamos de acrescentar valor à operação turística dos nossos territórios” e que “para ser sustentável tem de trazer valor para as nossas comunidades” terminando dizendo que este projeto significa valor, reconhecimento, confiança e esperança.

Esta sessão encerrou com a apresentação do vídeo promocional da Grande Rota da Ria de Aveiro.