10.12.2023 –
As macas acumulam-se onde há espaço, nos corredores ou em salas e há quem espere durante horas para fazer exames ou receber os resultados. Mas há também doentes que aguardam há dias por uma vaga no internamento. É nesta última área que o Hospital de Santa Maria, em Lisboa e o maior do País, verifica uma das maiores pressões.
No sábado à noite, tinha perto de 40 utentes com ordem de internamento, mas que continuavam à espera por falta de espaço nos serviços.
O Hospital de Santa Maria diz que, em média, estiveram sempre nas Urgências cerca de 120 doentes e que, no total, foram vistas 330 pessoas. Um número que representa uma pressão acrescida para a unidade.
De tal forma que a Urgência para doentes críticos teve de ser encerrada momentaneamente. Este sábado à noite, num curto espaço de tempo, chegaram dois feridos graves, que sofreram acidentes rodoviários e que se juntaram aos que estavam no serviço, deixando a Urgência sem capacidade de resposta durante cerca de duas horas.
Já este domingo, ao final da manhã, na Urgência geral do Santa Maria os tempos de espera estavam acima do que é recomendado.
Urgências do Hospital de Coimbra “em nítida sobrecarga”
A situação também se complicou em Coimbra, chefe de equipa da Urgência a reconhecer dificuldades na assistência.
Neste momento, estamos em nítida sobrecarga. Aquilo que posso dizer é que, efetivamente, devido à elevada afluência de doentes respiratórios estamos com dificuldades numa resposta mais célere, principalmente para os casos menos urgentes”, adiantou à SIC Elsa Gaspar, chefe de equipa da Urgência do Hospital de Coimbra.
A unidade ainda está a conseguir dar resposta aos casos urgentes, mas “começa a haver uma grande pressão de internamento”, com doentes a aguardar por vagas.
André Palma/Nelson Maltez/SIC Notícias