«Um “não” na altura certa é o ideal.»

Natural de Aveiro, Fernando Daniel é um apaixonado pela música, motivo pelo qual decidiu participar no programa da sic, Factor X. Foi em 2013 que este jovem resolveu tentar a sua sorte, pela primeira vez, no programa da sic mas, infelizmente, Fernando foi eliminado antes mesmo de chegar às galas. Visto o seu amor pela música ser mais forte do que ouvir um “não”, Fernando decidiu voltar a concorrer no ano seguinte. Com uma voz mais desenvolvida e uma notável evolução, o jovem conquistou os jurados e os portugueses e conseguiu chegar às galas na categoria Grupos. Babel –o grupo no qual o Fernando era integrante- foi eliminado na última gala de expulsões não conseguindo alcançar o tão esperado lugar na final. Atualmente, Fernando Daniel continua a lutar por uma carreira no mundo da música, a solo.

Nesta entrevista dada ao blogue, o jovem revela-nos quais são os seus projetos para o futuro e fala-nos um pouco da experiência que viveu no Factor X.

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Quando percebeste que tinhas talento para a música?
Acho que não me apercebi se tinha ou não talento porque hoje isso é questionável. Na verdade fui mais pelo meu instinto e pela satisfação que tinha quando cantava, e hoje essa satisfação (mais profissional) continua e até com mais intensidade.

 Em 2013 participaste no programa Factor X da SIC mas, a certa altura, acabaste por ser eliminado. Como é que lidaste com isso e arranjaste força para voltar mais tarde?

Foi um choque para mim, foi a minha primeira experiência e na ingenuidade e inexperiência das coisas nunca pensei que fosse tão difícil ouvir um não, mas acho que foi esse choque que me “abriu os olhos” e me fez querer mais e voltar um dia para mostrar que um “não” na altura certa é o ideal.

Em 2014 decidiste regressar e voltar a participar no programa. O que fizeste no espaço de um ano entre um programa e outro para poderes melhorar e apresentar-te um “Fernando” diferente?

Interiorizei o “não” que me deram e disse para mim mesmo “vou voltar, vou dar ainda mais de mim e vou mostrar que é realmente isto que eu quero”, a partir daí comecei a trabalhar mais, a cantar e tocar o dobro e fui aprimorando técnicas.

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No final da tua audição o Paulo Ventura disse que “este ano fez-te crescer, tornou-te mais sólido. Foi extraordinário o que tu fizeste aí”. Achas que esta audição te correu melhor porque estavas, de facto, mais confiante?

Em primeiro lugar a confiança num artista ou em alguém que tenciona ser um artista é fundamental, é mesmo importante acreditar em nós próprios e que conseguimos aquilo que queremos. Depois, o facto de ter trabalhado mais, automaticamente, aumentou as minhas capacidades vocais e consequentemente a confiança em mim e naquilo que sou capaz de fazer quando luto pelas coisas.

O que sentiste ao ouvir comentários tão positivos por parte dos quatro jurados?

Foi uma sensação de recompensa. Perceber que eles repararam no que eu trabalhei era o meu primeiro objetivo, e consegui concretizá-lo, os elogios foram só um reforço ao que eu queria verdadeiramente ouvir.

No bootcamp, e apesar de teres estado sentado numa das cadeiras, tiveste de ceder o teu lugar a outro concorrente e foste eliminado. Qual foi a primeira coisa que pensaste quando a Sónia te pediu para abandonares o programa?

Automaticamente fiquei desiludido comigo mesmo e inclusive com a própria Sónia que tanto me elogiou, mas quando saí do palco voltei a jurar para mim mesmo que ia lutar para um dia ter aquelas 4 pessoas de pé a baterem-me palmas (o que na verdade aconteceu na última gala quando atuei sozinho).

Acabaste por ser repescado para ficares num grupo com a Luana. Quais os aspetos positivos e os aspetos negativos de teres continuado no programa na categoria “grupos” ao invés de continuares individualmente?

Não era, de todo, aquilo que eu queria para mim naquele momento. Mas ao longo do tempo percebi que era melhor estar ali de outra forma que não a que eu queria do que em casa no sofá a ver os programas ao domingo. Posto isto, disse para mim mesmo que ia dar o melhor de mim como se estivesse sozinho, e foi o que sempre fiz ao longo de 2 meses. Eu e a Luana tínhamos estilos diferentes  e maneiras de ver as coisas diferentes, o que por vezes não foi bom de conciliar, mas tudo foi-se dando bem, ou mais ao menos bem e conseguimos chegar a 4º lugar (o que nunca me tinha passado pela cabeça). Talvez o fato de sermos um “casal” chamou a atenção das pessoas e talvez muitas se tenham identificado por isso mesmo.

Numa das galas, a Luana sentiu-se mal e tiveste de improvisar e atuar sozinho. Como foi voltar a pisar os palcos do Factor X a solo, desta vez com milhares de pessoas a ouvir-te?

Como referi anteriormente consegui aquilo que jurei para mim mesmo, senti-me como se tivesse sido a minha primeira vez a atuar numa gala daquela dimensão. Foi, claro, uma sensação única do que é atuar sozinho para milhares de portugueses aqui e espalhados pelo mundo através da SIC Internacional. Mas resumidamente, quando acabei de cantar algo que estava programado e ensaiado para ser cantado a dois e vi que o público gostou e se levantou, fiquei estático e arrepiado.

No final do programa optaste por seguir uma carreira a solo. Quais são os objetivos que pretendes cumprir daqui para a frente?

Criar as minhas próprias músicas, ser um ícone da música, não só em Portugal, espero mesmo poder fazer tours pelo mundo fora e cantar para milhares de pessoas… Quero ser uma fonte de inspiração para as pessoas que tencionam ser o mesmo que eu.

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Qual é o futuro de sonho que idealizas para ti?

Basicamente foi o que referi anteriormente, ser um ícone da música, ser um motivo de orgulho para aqueles que me acompanharam e para todos os portugueses, quero fazer do palco a minha casa, quero dar concertos pelo mundo fora, quero ouvir chamarem o meu nome, quero ouvir cantarem as minhas músicas nos meus concertos…  Por enquanto de noite e às vezes acordado vou sonhando com isso, enquanto de dia vou lutando para que não seja só um sonho.

Mais recentemente lançaste um cover com a Mimi Froes, também ex-concorrente do programa, é importante para ti continuares a “brindar” os teus fãs com pequenos covers para que continuem a seguir o teu trabalho?

Acho que, de certa forma, é meu dever mostrar o que ando a fazer às pessoas que acreditaram em mim e têm vindo a acreditar, quero mostrar que não vou ser mais um a aparecer num programa televisivo e a ser esquecido posteriormente.

Em que é que te inspiras? Onde é que vais buscar forças para lutares por este sonho?

Na minha família, naquilo que já vivi, no que tenciono dar a essas pessoas e no que tenciono vir a viver.

Para finalizar, onde é que os teus fãs te podem encontrar daqui para a frente? Como podem seguir de perto o teu trabalho e o que podem esperar de ti?

Neste momento através da minha página oficial no facebook ou através do meu instagram (fernandodaniel_) . Ao estarem “ligados” e atentos a estas páginas vão percebendo o que ando a fazer e por onde ando. Os fãs podem e devem esperar sempre o melhor de mim, pois é isso que tenciono dar, sempre.

Fernando Daniel é um apaixonado pela música