“Uber das mercadorias” lançada em Braga

Quatro alunos e ex-alunos da Porto Business School lançaram uma aplicação móvel para o transporte de mercadorias, que numa primeira fase operará apenas em Portugal mas que a curto prazo poderá ser alargada a outros mercados.

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Mariana Gomes, uma das responsáveis pelo projeto, disse à Lusa que, neste momento, a “MUB Cargo” já conta com cerca de 40 transportadores, desde particulares a empresas.

“Já foram mais de 200 os que manifestaram interesse em integrar a rede de transportadores da MUB Cargo, mas só quatro dezenas é que reuniam os requisitos necessários para o efeito”, sublinhou.

Explicou que só pode ser admitido quem estiver “devidamente licenciado para fazer transportes”.

Assumindo-se como uma espécie de “Uber das mercadorias”, a MUB Cargo está em incubação na Startup Braga e vai ser apresentada publicamente a 17 de novembro, na Porto Business School.

Pretende levar o conceito de partilha ao setor do transporte de mercadorias e conquistou, recentemente, o lugar de finalista do Prémio Inovação NOS 2016.

Disponível para download desde o final de outubro, a aplicação permite que o utilizador submeta o pedido com as caraterísticas do serviço, com dados como a quantidade de itens a transportar, a fotografia da mercadoria, as moradas e datas de recolha e entrega.

De seguida, recebe os orçamentos dos transportadores parceiros para as exigências apresentadas.

A partir daí, seleciona o melhor fornecedor, paga através da aplicação e pode acompanhar, em tempo real, a entrega.

Pode ainda avaliar o serviço prestado.

“Ganha o cliente, que tem hipótese de ‘negociar’ o melhor preço, e ganham os transportadores, que assim têm acesso a mais clientes”, referiu Mariana Gomes.

A MUB Cargo está disponível para o transporte de todo o tipo de objetos, desde mercadorias pesadas a documentos, medicamentos ou tecnologia.

“Transportamos tudo, desde que não respire”, anunciam os empreendedores.

Acrescentam que, até à data, já foram investidos cerca de 80 mil euros para a fase de arranque do projeto, que conta com capital 100 por cento português.