Treinador de futebol matou rapaz de 10 anos que lhe chamava pai

Caso está a chocar o Uruguai

Depois de ter sido impedido pela mãe de Felipe Romero, rapaz de 10 anos, de ver a criança, Fernando Sierra, de 32, raptou Felipe, de quem era treinador de futebol, e depois matou-o, antes de se suicidar.

Os dois tinham uma relação praticamente parental, de acordo com o La Vanguardia, jornal catalão que cita fontes locais uruguaias. Felipe chamava pai a Fernando, que dizia que o menino era o seu jogador preferido.

O rapto ocorreu na quinta-feira e dois dias depois ambos foram encontrados sem vida nas montanhas de Villa Serrana, no Uruguai. Ao que tudo indica, Fernando terá sedado Felipe antes de o balear mortalmente na cabeça e em seguida se suicidar.

As autoridades estão a tratar o caso como um crime passional. A criança escrevia bilhetes a Felipe, que também era treinador de futebol dele. “Amo-te, papá” e “Feliz dia do pai”, chegou a escrever o menino.

Os dois até fizeram uma viagem ao Brasil, com autorização escrita da mãe de Felipe Romero. E foi precisamente após a ida ao Brasil que a psicóloga de Felipe notou comportamentos estranhos na criança e aconselhou a mãe a não permitir mais o tipo de relação que o seu filho mantinha com o treinador de futebol.

Além disso, Fernando ia buscar Felipe à escola, levava-o aos treinos e recebia-o em sua casa, numa relação que se assemelhava mesmo à de pai e filho.

A mãe, que é polícia, já tinha investigado Fernando Sierra, sem encontrar quaisquer antecedentes criminais.

A reação de Fernando à proibição da mãe não foi positiva. O treinador ameaçou que se matava se não pudesse continuar a ver a criança.

Foi no passado sábado que, após enormes buscas policiais, os corpos de ambos foram encontrados. “Lamentavelmente, na manhã de hoje [sábado], a equipa de busca encontrou os corpos sem vida nas montanhas de Villa Serrana”, informou o Ministério do Interior do Uruguai, no Twitter.

Fonte: DN

Foto: Facebook