“Grande vantagem” dos testes rápidos “é exatamente a rapidez”, justifica Graça Freitas.
A diretora-geral da Saúde esclareceu esta segunda-feira que os testes rápidos para deteção do vírus da doença covid-19 devem ser usados em pessoas com sintomas compatíveis, casos de surto e profissionais de saúde com maior risco de exposição.
A Direcção-Geral da Saúde (DGS) publicou hoje uma norma com a nova estratégia de testes rápidos de antigénio (TRAg) e Graça Freitas, na conferência de imprensa para atualização de informação sobre a pandemia de Covid-19 em Portugal, explicou os três contextos em que têm indicação para serem usados à data.
A “principal razão” para utilização de TRAg são “as pessoas sintomáticas, nos primeiros cinco dias de sintomas” compatíveis com Covid-19, disse, frisando que teve “o cuidado de dizer pessoas sintomáticas e não pessoas Covid-19 positivo, porque só o teste é que dará o diagnóstico”.
A segunda indicação de TRAg “é menos generalista” e refere-se “a pessoas sem sintomas, mas em situações concretas, nomeadamente de surto, em que, de facto, a rapidez [na realização de testes e na obtenção de resultados] é muito importante”.
A “grande vantagem” dos testes rápidos “é exatamente a rapidez”, já que “oferecem a quem está no terreno, aos médicos e às equipas de saúde, resultados rápidos, que permitem implementar mais precocemente medidas de saúde pública”, frisou.
Os testes rápidos de antigénio “podem ainda usar-se numa terceira situação”, ou seja, no “rastreio periódico de profissionais de saúde em contexto de maior risco de exposição”.
Graça Freitas disse que “é bastante elevada a probabilidade” de um TRAg detetar um caso positivo de infeção pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, mas deixou claro que um teste rápido de antigénio com resultado negativo numa pessoa “com forte suspeição clínica de Covid-19 não dispensa a realização de um teste molecular para confirmação”.
“Portanto, um teste de antigénio rápido negativo numa pessoa fortemente suspeita obriga [a] que [se] faça um teste PCR”, sublinhou.
Segundo a diretora-geral da Saúde, “a utilização de testes rápidos vai permitir dois objetivos essenciais: reduzir e controlar ainda mais a transmissão [da Covid-19] e prevenir e mitigar o impacto da doença no sistema de saúde, nos seus serviços e nas populações mais vulneráveis”.
Já a estratégia de utilização de TRAg “tem duas componentes essenciais”, sendo que a primeira é introduzir testes rápidos, além do teste molecular, de PCR, usado desde o início da pandemia, e a segunda é definir em que contextos devem ser utilizados.
Lusa