Teatro Documental: Portugal Não É Um País Pequeno

Dia 8 de Abril_ 21h30

Centro Cultural de Tábua

Portugal Não É Um País Pequeno

No âmbito de “Outras vozes, outra gente – Mostra em rede de teatro documental

Projeto financiado pela DGArtes/Ministério da Cultura

Produção Hotel Europa

Classificação M/12 anos

Duração: 90 min.

 

Espetáculo que reflete sobre a ditadura e a presença portuguesa em África, em particular a vida dos antigos colonos portugueses através dos seus testemunhos reais.

O texto deste espetáculo foi criado através de um processo de verbatim, que significa copiado palavra por palavra, o que se traduziu na escrita de um texto de teatro que utiliza fielmente as palavras das pessoas entrevistadas sobre a sua vida em África no Período Colonial Português. A metodologia seguida combinou a recolha de testemunhos dessas pessoas e uma detalhada pesquisa de historiográfica, criando um texto que retrata a complexidade da história recente em Portugal, no caso do fim do colonialismo português. Com este trabalho quero investigar histórias reais que se tornaram memórias e que com o tempo foram herdadas; estou interessado em situações onde as pessoas reais contribuem para contestar e reconstruir identidades culturais; estou interessado na forma como o teatro pode contribuir para a reescrita da história, dando voz a um grupo silenciado, trabalhando assim na transmissão da memória entre gerações.

 

Hotel Europa

É um duo de artistas de dois países diferentes (Portugal e Rep. Checa) e oriundos das disciplinas da dança e do teatro. André Amálio e Tereza Havlíčková conheceram-se em Londres na Goldsmiths University, têm vindo a colaborar juntos explorando as fronteiras entre a dança, a performance e o teatro. A companhia Hotel Europa criou os espetáculos Hotel Europa (2010), AmálioVsAmália (2011), TV Heroes (2012), FÉ (2013), KinoWaltz (2014) e mais recentemente o espectáculo Portugal Não É Um País Pequeno (2015). Têm apresentado o seu trabalho na Rep. Checa, Portugal e Reino Unido.

 

Ficha Artística

Criação e Interpretação André Amálio

Assistência de Encenação/Coreografia Tereza Havlíčková

Criação musical e Interpretação Pedro Salvador

Cenografia Pedro Silva

Produção Hotel Europa

 

Preçário

4€_ Normal

3€_ Grupos teatro (profissionais, amadores e escolares)

2,50€_ Jovens até 12 anos

3€ _ Grupos maiores de 10 (reservados antecipadamente)

Calendário

Dia 8 de Abril, 21h30, Centro Cultural de Tábua

Dia 29 de Abril, 21h30, Cine-Teatro de Condeixa-a-Nova

 

Outras vozes, outra gente – Mostra em rede de teatro documental” é um projeto de teatro documental ou testemunhal que pretende ser uma mostra de teatro em rede a acontecer no território da Região Centro. Do centro de Coimbra aos concelhos mais periféricos estabelece-se uma rede entre diversos grupos que, em diferentes pontos do país, se dedicam a fazer do documento e do testemunho o ponto de partida para a construção teatral.

 

O título, “Outras vozes, outra gente” sublinha o propósito de dar voz, através de espetáculos teatrais, a quem dela se vê frequentemente privado por diversas razões que se situam no campo político, económico e social. Este é o mote que une os diversos espetáculos de teatro a ocorrer em Mortágua, Tábua, Condeixa-a-Nova, Miranda do Corvo, Arganil e Coimbra, e as atividades paralelas a realizar, pensadas como uma forma de complementar esta Mostra, através de um projeto pedagógico que se pretende interventivo, elucidativo e formativo, e especialmente dirigido às camadas mais jovens da região.

 

Produzido pela Cooperativa Hermes e apoiado pela DGArtes – Ministério da Cultura, este é um projeto que conta com as parcerias das Câmaras Municipais de Mortágua, Arganil, Condeixa-a-Nova, Miranda do Corvo e Tábua, em conjunto com o Teatro Académico Gil Vicente e outras entidades que desenvolvem a sua atividade na vertente formativa e de investigação (Centro de Documentação 25 de Abril, Centro de História da Sociedade da Cultura, Centro de Formação Nova Ágora, Centro de Formação de Associação Escolas Coimbra Interior, Centro de Formação de Associação Escolas do Planalto Beirão), e que cumpre os objetivos traçados pela Cooperativa Hermes, nomeadamente a consolidação de uma rede de programação cultural e artística na região.

 

A inaugurar a Mostra apresenta-se o espetáculo Romance da Última Cruzada pela companhia de teatro portuense Visões Úteis e que faz uma representação inspirada pelas experiências da guerra e pelos processos da memória, identidade e biografia. Em Diz a Verdade ao Poder: Vozes do Outro Lado da Escuridão, a Cooperativa Bonifrates apresenta uma peça sobre a violação dos direitos humanos e formas de resiliência. O Trigo Limpo/Teatro Acert, em coprodução com Gambozinos e Peobardos, leva à cena Em Memória – ou a vida inteira dentro de mim, uma peça sobre o sofrimento de um pai que perde um filho. Portugal não é um país pequeno é o título do espetáculo a apresentar-se pela mão do Hotel Europa. Aqui, reflete-se sobre o fim do colonialismo e a transmissão da memória. A Casa da Esquina, sedeada em Coimbra, estreia O meu País – Exílio, um espetáculo que é um prolongamento de O Meu País é o que Mar Não Quer, construído a partir do relato pessoal do actor que dá corpo e voz à peça, e que incidiu sobre testemunhos de emigrantes portugueses. A concluir a Mostra de Teatro em Rede, apresenta-se Onde o Frio se Demora pela Narrativensaio – AC, um espetáculo construído em torno de entrevistas feitas pela jornalista Ana Cristina Pereira, sobre violência de género, solidão e rutura num Portugal marcado pela crise económica.