Teatrão entre a OMT e o ramal da Lousã este fim de semana |

18.10.2024 –

Este fim de semana, o Teatrão desdobra-se entre o ramal da Lousã e a Oficina Municipal do Teatro. A temporada de Com que Linhas te Cruzas? Parte 1: À Espera vai chegar ao fim, com apresentações nas estações de Metrobus de Miranda do Corvo (sábado, 19) e Serpins (domingo, 20). No entanto, caso se confirme a previsão de chuva dia 19, o espetáculo passará a decorrer no átrio da Casa das Artes de Miranda do Corvo. Os espetáculos decorrem às 17h nos dois dias e têm entrada livre.

Com que Linhas te Cruzas? – Parte 1: À Espera é a primeira de duas criações que acontecem no âmbito do projeto de intervenção artística e cívica Com que Linhas te Cruzas?, que durante 2024 e 2025 vai juntar em coprodução o Teatrão, a Metro Mondego e os municípios de Coimbra, Lousã e Miranda do Corvo, com a colaboração da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra. Os espetáculos trabalham sobre a implementação do novo sistema de mobilidade urbana (SMU) da região de Coimbra, assumindo o passado turbulento deste projeto, mas apontando para a necessidade de superação do mesmo, em direção ao futuro mais sustentável e de progresso que este serviço público pode ajudar a desbloquear. No próximo ano, será apresentado o segundo episódio que surge no âmbito deste projeto e que passa das estações para dentro das composições do novo SMU.

Na OMT, Despertar da Primavera, a partir da obra homónima de Frank Wedekind, vai a palco na Sala Grande às 19hdos dias 19 e 20. Este espetáculo marca a última apresentação no âmbito do ciclo Manobras de Cena – Apresentações finais das Classes de Teatro do Teatrão. Ao longo do último ano, as nossas turmas de continuação de alunos adolescentes têm estado a ensaiar esta adaptação da obra clássica do dramaturgo alemão.

Despertar da Primavera é uma peça de juventude e tem a vitalidade de todas as obras novas. Wedekind escreve-a em 1890, e ela levanta uma bandeira de liberdade. É o ser humano inteiro, o ser humano que as ciências e as ideologias descobrem nos finais do séc. XIX, quem está em causa na peça de Wedekind. Hoje, é também a tragédia de um grupo de adolescentes em conflito com o conservadorismo da escola e de casa, do que é proibido e do medo que se tem de falhar, de falar, de fazer ou até de pensar.