07.10.2022 –
No ano em que o Partido Ecologista Os Verdes celebra 40 anos, são assinalados 40 pontos ameaçados, que comprometem a biodiversidade e a conservação da Natureza. Uma de muitas iniciativas que se insere na campanha SOS Natureza. Os Verdes assinalam mais um ponto negro na Figueira da Foz, sobre a erosão do litoral, que afeta particularmente a costa deste município, a sul do molhe.
Os Verdes têm ao longo dos anos dedicado particular atenção e intervenção à erosão da costeira. Não obstante, a costa ser uma zona de interface mar/terra de grande sensibilidade pela ação contínua do mar de erosão, transporte e deposição de sedimentos, esta dinâmica natural tem sido ignorada pela atividade humana e opções políticas que não acautelam os impactes no litoral.
As alterações climáticas, com o previsível aumento do nível da água do mar, constituirá um risco ampliado para as populações costeiras. Entre os problemas da linha da costa e respetiva erosão, Os Verdes destacam:
– A pressão humana e urbanística do litoral com a destruição do cordão dunar e estruturas naturais;
– A diminuição acentuada do fluxo de sedimentos transportados pelos rios, que ficam retidos nas albufeiras das barragens;
– O aumento do nível médio das águas do mar em resultados da mudança climática; e,
– Obras pesadas de engenharia costeira, desconsiderando a dinâmica da ação do mar.
O Partido Ecologista Os Verdes face ao cenário de erosão do litoral, que tende a agravar-se, defende um conjunto de medidas para minimizar e desagravar o processo de erosão da costa que se tem verificado, entre as quais:
– Proteger as populações da linha de costa face ao acentuado processo de erosão;
– Reordenar a faixa litoral reduzindo a pressão humana e urbanística;
– Salvaguardar os sistemas dunares e proibir intervenções de edificação ou outras, que degradem estas áreas sensíveis;
– Impedir a retirada de areias nos rios / litoral evitando o défice de sedimentos;
– Fomentar medidas para reforçar a acumulação de sedimentos na costa (e.g. Bypass da Figueira da Foz).