‘Sons do Sagrado’ enchem de beleza musical Lousã, Miranda do Corvo e Vila Nova de Poiares.
Melodias de encantar vão ecoar no próximo fim-de-semana nas Terras da Chanfana. Os ‘Sons do Sagrado’ levam a música de Pedro Caldeira Cabral e Duncan Fox a Miranda do Corvo e Vila Nova de Poiares (dias 23 e 25 de abril), e o ‘Toque’ de Eugénio Rodrigues, Nova Era Ensemble e João de Barros à Lousã (dia 22 de abril). Os espetáculos são gratuitos mas requerem reserva de participação. ‘Sons do Sagrado’ é um projeto de animação e dinamização artística do património classificado, através da música erudita, inserindo-se na Candidatura ‘Entre Deus e o Diabo, o Sagrado e o Profano’, promovida no âmbito da Rede Cultural Terras da Chanfana – Programação Cultural em Rede, constituída pelos municípios da Lousã, Miranda do Corvo, Penela e Vila Nova de Poiares, e cofinanciada pelo Centro 2020, Portugal 2020 e pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.
Música para desfrutar da melhor forma do fim-de-semana grande. É a proposta da Rede Cultural Terras da Chanfana para os próximos dias 22, 23 e 25 de abril. Em Miranda do Corvo e Vila Nova de Poiares, a Cítara Portuguesa promete
espalhar magia através das mãos de Pedro Caldeira Cabral que, nestes espetáculos, é acompanhado pelo contrabaixo do inglês Duncan Fox. Os concertos têm lugar nos dias 23 de abril, pelas 21h00, no Mosteiro de Santa Maria de Semide (Miranda do Corvo) e dia 25, pelas 16h00, na Igreja Matriz de Vila Nova de Poiares.
A Cítara Portuguesa tem vindo a conquistar novos públicos, atentos à fruição de géneros musicais diferentes do uso popular deste instrumento no tradicional contexto do fado. É cada vez mais frequente a sua presença em salas de
concertos e festivais de música clássica por todo o mundo. Pedro Caldeira Cabral tem vindo a encantar e atrair um número crescente de apreciadores deste instrumento que toca com mestria. O artista nasceu em Lisboa, em 1950.
Iniciou a aprendizagem na infância, em ambiente familiar, tocando flauta de bisel, guitarra clássica e cítara portuguesa. Estudou teoria musical, composição, história da música e música antiga e desenvolveu, enquanto compositor, um estilo original para cítara solista, compondo música de câmara para teatro, cinema e bailado. Entre outros passos importantes, fundou o Centro de Estudos e Difusão de Música Antiga que ainda dirige. Em 2019, fez a curadoria da exposição “O Som da Saudade – A Cítara Portuguesa”, em Lisboa.
Da sua vasta e variada discografia, salienta-se a conceção e publicação de 16 CDs como solista de cítara portuguesa, para várias editoras internacionais. Já Duncan Fox nasceu em Inglaterra, em 1970, tendo feito estudos musicais
entre 1985 e 1988, na Junior School-Royal Academy of Music, frequentando a classe de Contrabaixo. Entre 1988 e 1992, efetuou estudos superiores no Royal Northern College of Music, em Manchester, trabalhando o Contrabaixo, o Piano e a Viola da Gamba. Concluiu, em 2013, o mestrado em Ensino da Música na Escola Superior de Música de Lisboa, com uma tese sobre o ‘Ensino da Criatividade’. Integrou a Manchester Camerata,Goldberg Ensemble e a Opera North Orchestra.
Desde 1993, vive e trabalha em Lisboa, integrando a Orquestra Sinfónica Portuguesa (Coordenador de Naipe Adjunto) e o Concerto Atlântico.
‘O Toque’ na Lousã
‘Mas o Toque’ é o tema do espetáculo que vai deslumbrar a Lousã no dia 22 de abril, a partir das 21h30, na Igreja Matriz.
Trata-se de um espetáculo musical singular, do compositor Eugénio Rodrigues, Nova Era Vocal Ensemble, com o maestro João Barros e a coorganização de TEAMUS. Esta obra reflete a vivência em pandemia de Covid-19, constituindo uma homenagem à bondade humana e aos muitos profissionais e voluntários que cuidaram (e cuidam) dos doentes e a todos os que mantiveram (e mantêm) o bem-estar das comunidades. A obra baseia-se num excerto do poema “The Human Touch”, do poeta, médico e cirurgião norte-americano Spencer Michael Free (1856-1938):
“(…) mas o toque da mão e o som da voz, cantam na alma sempre”.
Estes espetáculos integram-se na iniciativa ‘Sons do Sagrado’, um projeto de animação e dinamização artística do património classificado (e outro com relevância cultural), através da música erudita. A programação de música litúrgica e sacra é especialmente adequada aos locais patrimoniais escolhidos para realização dos espetáculos, já que muitos
deles integram o património arquitetónico religioso classificado. Por outro lado, a música de natureza litúrgica e sacra possui um elevado potencial de desenvolvimento de públicos, já que encerra em si mesma uma profunda relação cultural (religiosa, mas não só) com as diferentes comunidades da região, as quais são maioritariamente católicas.
Neste projeto, assume especial relevância a dimensão educativa e de mediação cultural dos concertos e recitais a realizar, comprometendo os diferentes artistas também com este objetivo: o de contribuírem para a educação artística dos públicos.
‘Sons do Sagrado’ é uma iniciativa inserida na Candidatura Entre Deus e o Diabo, o Sagrado e o Profano, promovida no âmbito da Rede Cultural Terras da Chanfana – Programação Cultural em Rede, constituída pelos municípios da Lousã, Miranda do Corvo, Penela e Vila Nova de Poiares, e cofinanciada pelo Centro 2020, Portugal 2020 e pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional. Estes quatro municípios apostam na Cultura como meio para combater a
interioridade, despertar alegria e orgulho nos seus habitantes e cativar visitantes ao território. A Rede Cultural Terras da Chanfana centra-se nas pessoas e no seu (insubstituível) papel, seja na valorização dos recursos patrimoniais do território, ou através da sua capacidade de promover o reforço da notoriedade do património físico e humano, ou ainda pela transformação qualitativa da experiência dos visitantes, da reinvenção das narrativas associadas a cada lugar e do incremento do sentido de pertença das comunidades locais.
A Rede Cultural Terras da Chanfana – Programação Cultural em Rede, um projeto conjunto dos municípios Lousã, Miranda do Corvo, Penela e Vila Nova de Poiares contempla um conjunto de atividades inseridas num vasto programa
cultural que se estende até final de 2022.
Mais informações sobre o programa cultural da rede estão disponíveis nas redes sociais da REDE CULTURAL DAS TERRAS DA CHANFANA e dos respetivos Municípios.