Operacionais e equipamento de combate a incêndios de seis países da União Europeia começaram a chegar a França, na quinta-feira, para ajudar a combater vários incêndios florestais, incluindo um grande incêndio no sudoeste que obrigou a retirar milhares de pessoas.
A maior parte do país está a sofrer com uma vaga de calor agravada por uma seca extrema – condições que, de acordo com muitos especialistas, vão ocorrer mais frequentemente devido às alterações climáticas.
Em Portugal, desde sábado, um incêndio florestal no Parque Natural da Serra da Estrela mobilizou cerca de 1.500 bombeiros. O fogo já destruiu 10.000 hectares de vegetação do Geoparque mundial classificado pela Unesco.
Nos últimos cinco dias, ardeu o equivalente a 10% do património natural deste espaço.
Em Espanha, os incêndios florestais continuam a afetar a província de Ourense (Galiza) com quatro fogos florestais ainda ativos. Apenas um mês após sofrer uma das piores vagas de incêndios da sua história, a província de Ourense está novamente a reviver esses dias de incêndios com várias frentes ativas que até agora queimaram mais de 2.300 hectares.
Desde o início do Verão, os fogos na Galiza já queimaram mais de 22.000 hectares.
Sete aviões de combate a incêndios da Força Aérea Espanhola (SAF) foram destacados na quarta-feira, para ajudar no combate a cinco incêndios na Galiza.
A nível europeu, a seca está a afetar cerca de 60% da União Europeia e do Reino Unido. Uma condição agravada pelas alterações climáticas, que este Verão se traduziram num calor recorde em toda a Europa, de acordo com estudos do Observatório Europeu da Seca.
A condição de seca deverá ser declarada para o sudoeste da Inglaterra nesta sexta-feira, quando uma nova vaga de calor atingir grandes partes do Reino Unido.
Na quinta-feira, o Met Office emitiu um aviso de calor extremo que se vai estender até ao fim de semana, com temperaturas máximas acima dos 30 graus.
A ilha de Canvey, no Essex, também está a ser atingida pelos incêndios, esta quinta-feira, vários operacionais foram chamados para combater as chamas.
Euronews