01.03.2025 –
Ao início da noite deste sábado, os juniores do Domus Nostra enfrentarão a sempre forte Académica na final da Taça da AFC. Um justo prémio para quem conquistou o campeonato com 3 jornadas de antecedência e que, agora, ousa sonhar com voos mais altos: a Taça e a subida aos nacionais do seu escalão!
Era mais uma noite de treino e a reportagem do Jornal Mira Online presenciou, in loco, a qualidade e a intensidade com que os rapazes de Samuel Roma se dedicavam, mesmo em fase de descompressão, depois de uma época longa, onde conquistaram o primeiro título deste escalão para o clube.
A atitude, a entrega, a velha raça rubro-negra esteve presente nos treinos e nos jogos e será, seguramente, presenciada pelos que se deslocarem ao pavilhão do Marialvas, em Cantanhede, a partir das 18:00 horas de hoje. É que, num clube que mais parece uma enorme família, não há tempo para distrações: os objetivos são para serem atingidos e os títulos para serem conquistados… sempre com a percepção de que o caminho que está a ser trilhado desde há anos já foi feito por outros que, como a Académica já o fazem a bastante mais tempo!
Desengane-se quem pensa que pelos lados do Cabanão, existe qualquer tipo de complexo. Bem pelo contrário: como afirmou o treinador dos juniores, “o melhor remédio para enfrentarmos as dificuldades, as dores, os incómodos, é estarmos participando de encontros deste naipe, com equipas que são fortes e nos obrigam a crescer, ainda mais, desportiva e mentalmente falando…” Para Samuel Roma, a final da Taça da AFC e a luta pela subida aos nacionais é, antes de tudo, “um bónus” que os jogadores, a equipa técnica da qual faz parte, a coordenação, a diretoria e, em última análise, os adeptos, recebem por toda uma época recheada de obstáculos para serem suplantados e que acabou por resultar em pleno.
Sonhar com a dobradinha é algo que é transversal à toda a comunidade rubro-negra. Mas, Samuel Roma deixa claro que, em caso de derrota e uma eventual não subida aos patamares nacionais, não serão – nem de perto, nem de longe – um drama pois os adversários têm méritos próprios… e o caminho percorrido pelo Clube Domus Nostra seguirá, imparável, passo a passo, dia após dia, com derrotas, empates e vitórias…
“No caso da luta pela subida, temos consciência de que, quem ganhar o primeiro jogo do triangular terá uma boa vantagem. No caso da final deste sábado, o que podemos dizer é que daremos tudo por tudo para sermos felizes!”. No seu diagnóstico, Roma inclui a sua própria experiência: “já estive nestas “andanças” e sei que os favoritos são, quase sempre, as equpas de Aveiro, Braga, Lisboa e Porto… mas, não podemos nos esquecer que as equipas de Coimbra também tem subido muito no patamar nacional e, se estamos onde estamos, também é a prova de que o Domus vai crescendo!”
Henrique Oliveira: Um coordenador feliz!
Questionado sobre a possibilidade de, já na próxima época acontecerem novas subidas à equipa do escalão principal, Pampas deixa bastante claro que “sim, é viável. Já temos o Dinis e o Gonçalo e na próxima época, outros os seguirão, até porque, a maior parte das “contratações” que fazemos, vêm da formação!” “Alguns, naturalmente não poderão subir agora, mas este é o caminho natural das coisas neste clube”, assumiu Henrique Oliveira . “Formar mais e melhor os treinadores” é o segredo do sucesso do Domus Nostra nos últimos dois anos. “A qualidade sempre existiu… o que fizemos foi transformar o modo de trabalho, dando formações para os nossos treinadores, jogadores e dirigentes, conforme as diretrizes que vamos recebendo da FPF” diz.
Adaptar essas diretrizes para a realidade do clube é algo que o coordenador do futsal do clube considerou desde a primeira hora, como “primordial para catapultarmos para voos mais altos”. “Estou a preparar, desde há algum tempo, um powerpoint que, até agora, já tem mais de cem páginas, onde tudo está a ser detalhado para que haja uma uniformidade nos procedimentos desde os mais pequenos, até aos que estão nos seniores…” devenda o mister/coordenador pois, ele entende que “só assim, com uma metodologia de trabalho afinada” as coisas irão acontecer e irão perdurar no tempo.
Paulo Grego: o timoneiro de um barco já anda por mar alto…
Vinte e um ano depois de assumir a presidência do clube, Paulo Grego é, neste momento “um homem muito orgulhoso por ter tido a oportunidade de liderar diretores e seccionistas capazes de compreender o tamanho da ambição do clube” e é, também, alguém que se orgulha imenso “de mais esta enorme felicidade que sentimos, ao vermos os juniores campeões e sentirmos que os iniciados e juvenis estão, também eles, mais perto da glória de levantar uma taça de campeão!”
“Esta rapaziada de quem estamos a falar, não é o futuro do clube… é o presente e isso não é nada que possa ser apagado. Estamos imensamente felizes por eles e com eles. E, é com eles que o clube continuará a crescer, a evoluir… já deixamos de ser, há muito, aquela equipa que era conhecida por ter um “nome esquisito”. Hoje o Clube Domus Nostra é reconhecido aqui perto, bem longe e até além-fronteiras… isso é mais do que, um dia, há mais de vinte anos, podíamos sonhar!”
Jornal Mira Online