Roda de Conversa sobre Viver com Trissomia 21 em Cantanhede

27.3.2024 –

Decorreu no dia 23 de março, na Clínica Fisio André Viegas, em Cantanhede, mais uma sessão das “Rodas de Conversa” organizadas pelo coletivo “Feminismo para Tod*s”, desta feita subordinada ao tema “Juntas na diferença: a mãe e a profissional”.

No mês em que se comemora o Dia Mundial da Trissomia 21, Cristina Azevedo, mãe de um filho com trissomia 21 e educadora de infância, foi a convidada que desde logo partilhou a sua visão sobre os seus 3 filhos: “cada um tem as suas particularidades, cada um com os seus desafios; o João tem trissomia 21, mas isso nunca impediu que ele, à semelhança da irmã e do irmão, tivesse sonhos e construísse um percurso rico em conquistas e sucessos”. A Cristina e a sua família recusaram-se a impôr ao João as barreiras que os estigmas erguem: “demos o tempo, o apoio, os recursos e as ferramentas de que o João precisou para, ao seu ritmo, se descobrir, crescer e ganhar autonomia”. Cristina deixa a mensagem de que “é essencial capacitar os nossos filhos, mas é igualmente importante capacitar os pais e a comunidade, para que se aceite e normalize a diferença”.

As mentoras do projeto sublinham que o testemunho e o exemplo dado por esta família “ensina-nos a importância de acreditar e respeitar cada um na sua diferença e do impacto positivo que esta atitude tem na forma como a comunidade se abre e contribui para integrar a diferença”.

O projeto “Feminismo para Tod*s” surgiu em 2022, em Cantanhede, a partir de um movimento social espontâneo de 4 amigas, com o propósito claro de contribuir para uma vida em sociedade mais equilibrada, justa e inclusiva, promovendo o desenvolvimento do espírito crítico e a tomada de consciência para problemas que são de tod*s nós.

Este projeto dinamiza “Rodas de Conversa” de entrada livre, que se realizam mensalmente locais diferentes do concelho de Cantanhede, procurando criar momentos de reflexão construtiva, discussão e partilha de vivências, opiniões e experiências. O ambiente é informal e descontraído, por forma a que todos os presentes se sintam à vontade de participar ativamente em conversas sobre diversas temáticas que, de forma direta ou indireta, abordam várias perspetivas do feminismo, igualdade de género, defesa dos direitos humanos, cidadania, entre outros.