08.06.2025 –
Foi mais do que uma simples noite de música — foi uma noite de emoção, memória e talento. Uma noite que encerrou, com chave de ouro, o 3.º Portomar Revival Fest!
A última noite do festival foi uma verdadeira viagem no tempo, marcada por momentos que tocaram fundo quem cresceu, viveu ou simplesmente se apaixonou pelas décadas em que a rádio era rainha, a música tinha alma e os encontros aconteciam ao vivo, de corpo inteiro e coração aberto.
A Banda Rafeiros deu o tom da festa com uma atuação onde não faltaram memórias — nem faltou talento por mostrar. Cada acorde parecia trazer de volta rostos, verões, festas e sons que ainda hoje ecoam dentro de quem os viveu.
Depois, um momento especial: Fernando Magueta, um dos nomes marcantes da rádio feita em Mira nas últimas décadas do século XX, subiu ao palco. Chamado — como ele próprio brincou — para “encher linguiça”, acabou por oferecer um dos momentos mais emocionantes do Revival Fest. Fernando, na verddae, relembrou tempos em que a rádio era farol e companhia, em que a voz do locutor era familiar, necessária e próxima. Falou de um tempo em que comunicar era criar laços, mover vontades, mudar vidas.
Seguiram-se os Giródisco, quatro jovens que dançam como quem respira e vibram como quem sente cada batida com o coração. Foram 30 minutos de pura energia, talento e simpatia — numa atuação onde o palco parecia pequeno para tanta entrega. Eles não atuaram: eles viveram a música! E fizeram o público viver com eles. Merecem mais do que os aplausos que receberam. Merecem palco. Merecem futuro…
E para encerrar esta noite de estrelas, três nomes maiores da discografia nacional: Paulino Coelho, filho da terra baiiradina/gandaresa que dá pelo nome de Cantanhede, que fica paredes meias com Mira e senhor das ondas hertzianas há décadas, abriu o alinhamento dos DJs com a elegância de quem sente de maneira apaixonada o que faz. Paulo Pereira e Quim Teixeira completaram o trio de luxo, mantendo o público em êxtase até ao último som da madrugada.
2025 não foi só mais uma edição. Foi a edição. A que confirmou tudo. O projeto cresceu, firmou-se e mostrou que há futuro para a memória, para o talento — e para esta vontade tão bonita de não deixar o passado morrer.
Porque, como se ouviu mais de uma vez esta noite: “Aqueles tempos talvez não voltem mais… mas jamais irão embora enquanto soubermos celebrá-los.”
Venha 2026. O Revival está vivo — e promete continuar a mexer com os nossos sentidos…
Jornal Mira Online