Região de Coimbra: escola profissional e junta de freguesia alvo de buscas

11.5.2023 –

Em causa está um processo crime por “fortes indícios da prática dos crimes de auxílio à imigração ilegal e falsificação de documentos”.

O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) informa que no cumprimento de “14 mandatos de busca” na região de Coimbra, realizou esta semana buscas a uma escola de ensino profissional e a uma junta de freguesia, no âmbito de um “processo crime por fortes indícios da prática dos crimes de auxílio à imigração ilegal e falsificação de documentos”.

Na operação, que o SEF designou “Escola com Vista”, participaram cerca de 30 inspetores. Uma “sociedade responsável pela escola, o seu gerente e um outro cidadão nacional” foram constituídos arguidos.

Estão indiciados por ”comportamentos ilícitos que consubstanciam o favorecimento e a facilitação da entrada e permanência ilegal de um elevado número de cidadãos estrangeiros“.

O SEF revela que a investigação teve início em 2021 por “fortes suspeitas do envolvimento e participação direta, dos agora arguidos, em condutas criminosas materializadas na obtenção e utilização de documentação fraudulenta com vista a permitir, sob falsos pressupostos, a obtenção de vistos para estudo, que viriam a ser usados para outros fins, concretamente para promover a entrada e permanência irregular em outros países do espaço Schengen”.

(…) em conjugação de esforços, os arguidos visados nos autos de inquérito promoveram e facilitaram, de forma reiterada, a permanência ilegal de um considerável número de cidadãos estrangeiros oriundos da América do Sul que se encontram matriculados naquele estabelecimento de ensino, sem que para tal se encontrassem documentalmente habilitados”, lê-se no comunicado do SEF.

Além dos arguidos, foram “identificados cerca de 70 cidadãos estrangeiros e foi recolhida informação pertinente sobre as condições em que são alojados pelo estabelecimento de ensino”.

Na sequência das buscas – 11 domiciliárias e três não domiciliárias – foi apreendida “documentação relevante para o inquérito”. As investigações prosseguem. O SEF está a analisar o “extenso acervo documental apreendido e restantes elementos de prova recolhidos”.

Ana Lemos/SIC Notícias