UE recomenda isolar zonas com mais de 500 casos por cem mil habitantes.
A Comissão Europeia propôs uma atualização sobre a coordenação de medidas que afetam a livre circulação na União Europeia. Se as medidas forem adotadas pelos estados-membros, quase todos os concelhos portugueses ficarão encerrados, salvo para transporte.
Na prática, é criada uma nova cor no código de cores. Além dos existentes verde, laranja, vermelho e cinzento, a Comissão propõe acrescentar vermelho escuro para indicar áreas onde o vírus está a circular a níveis muito elevados. Isto aplicar-se-ia a uma área onde a taxa de notificação de 14 dias é superior a 500 pessoas por cem mil.
Só 22 concelhos em Portugal estariam neste momento a salvo destas medidas.
À luz das novas variantes do coronavírus e do elevado número de novas infeções em muitos estados-membros, é necessário desencorajar fortemente as viagens não essenciais, evitando ao mesmo tempo o encerramento de fronteiras ou proibições generalizadas de viagens e assegurando que o funcionamento do mercado único e das cadeias de abastecimento permaneça ininterrupto. Por conseguinte, é necessária uma ação mais orientada para assegurar uma abordagem coordenada sobre medidas restritivas da livre circulação dentro da UE”, lê-se no comunicado da Comissão Europeia.
Para quem viaja de uma zona vermelho escura, os estados-membros devem exigir que se submetam a um teste antes da chegada, bem como a uma quarentena.
A Comissão propõe também testes prévios à partida para áreas atualmente nos níveis laranja, vermelho ou cinzento.
“Tendo em conta os riscos ligados ao número muito elevado de novas infeções, a Comissão recomenda, com base nas orientações do CEPCD, que os Estados-Membros concordem em adoptar, manter ou reforçar intervenções não-farmacêuticas, tais como medidas de permanência em casa e o encerramento temporário de certas empresas, em particular em áreas classificadas como “vermelho escuro”, para reforçar os testes e o rastreio e para aumentar a vigilância e a sequenciação dos casos covid-19 para recolher informações sobre a propagação de novas variantes de coronavírus mais infeciosas”.
DN