PsicologicaMente Falando: “A agressividade dentro das escolas” (Andrea Costa)

12.04.2025 –

“A escola é um espaço de aprendizagem diária onde as nossas crianças e adolescentes adquirem novos valores, conhecimentos, competências e crescimento pessoal. É o primeiro ambiente estruturado de socialização, onde se transmitem conhecimentos, experiências essenciais para um desenvolvimento saudável e bem-sucedido. Porém, sabe-se que nas escolas também existem problemas, ausências de respeito e comportamentos de agressividade verbais e físicos entre os colegas e também para com alguns educadores.

 

As crianças e adolescentes com comportamentos agressivos têm dificuldade em respeitar a autoridade, em seguir instruções tanto em casa como na escola, envolvem-se em lutas e usam o comportamento agressivo como forma de solucionar os seus problemas e de expressar as suas emoções. As crianças e adolescentes afetados pelos comportamentos agressivos e violentos, são sempre afetadas negativamente no seu crescimento, desenvolvimento, saúde, bem-estar, segurança, autonomia e dignidade.

 

Existem diferentes comportamentos que podem constituir atos de agressão e violência no contexto escolar, e são eles:
• Violência física
• Violência psicológica
• Violência sexual
• Bullying
• Cyberbullying

Ser alvo de comportamentos violentos e agressivos na escola vai mexer com a autoestima da criança e do adolescente. Vai mexer com o sentimento de pertença em relação à escola, vai diminuir o rendimento escolar promovendo um possível abandono e podendo fazer com que a criança e/ou adolescente passe a ter medo de ir à escola.

O que fazer para ajudar uma criança e/ou adolescente que sofre de comportamentos agressivos na escola:
• Deve-se ficar atenta/o aos sinais que a criança e/ou adolescente possam estar a mostrar;
• Deve-se manter a calma e escutar a criança e/ou adolescente, sem desvalorizar o assunto;
• Deve-se falar com a escola, com os professores para se elaborarem estratégias a adotar;
• As relações familiares devem ser saudáveis, com confiança para poderem falar de assuntos mais difíceis;
• A criança e/ou adolescente deve ter o seu espaço para extravasar os seus sentimentos e emoções;
• Deve-se procurar ajuda para lidar com as emoções e os sentimentos.

Se a criança e/ou adolescente for o agressor, os pais, educadores, encarregados de educação, professores, entidade escolar deverão procurar ter uma conversa franca e honesta sobre a situação, procurando perceber quais os motivos que estão a levar a criança a ter estes comportamentos incorretos e procurar ajuda especializada.”

Psicóloga Andrea Costa
C.P. 24454