O presidente da Federação de Coimbra do PS, Pedro Coimbra, considerou, esta sexta-feira, que a reforma do Governo no setor das águas é lesiva do interesse público e serve apenas para mascarar a má gestão do grupo Águas de Portugal. O Governo concluiu na quinta-feira a reforma do setor das águas, que passa por “um fortíssimo emagrecimento” do grupo Águas de Portugal, agregando 19 empresas regionais em cinco entidades e reduzindo custos em 2700 milhões de euros. No Centro, a nova Águas do Centro Litoral S.A. resultará da agregação de três sistemas multimunicipais e da fusão de três entidades gestoras – Águas do Mondego, Sistema Multimunicipal de Saneamento da Ria de Aveiro (SIMRIA) e Saneamento Integrado dos Municípios do Lis (SIMLIS).
“É uma péssima decisão a fusão das Águas do Mondego com a SIMRIA e a SIMLIS, porque apesar de todas as circunstâncias a Águas do Mondego tem apresentado rácios económicos e financeiros substancialmente melhores do que as outras duas entidades, que estão altamente deficitárias e endividadas”, sublinhou.
Segundo Pedro Coimbra, as decisões tomadas vão ter consequências na vida dos cidadãos, nomeadamente em Coimbra, “onde já é público que as tarifas irão aumentar”.
O dirigente socialista considera que esta medida visa, sobretudo, “resolver o problema da má gestão do grupo Águas de Portugal e de algumas empresas suas participadas, uma vez que atingiu endividamentos brutais e inadmissíveis”.
O líder da Federação de Coimbra do PS disse ainda que a reforma de agregação efetuada pelo Governo “foi lamentável do princípio ao fim, com o executivo a conduzir todo o processo contra a vontade da esmagadora maioria dos municípios associados e clientes dos sistemas”.
Fonte Jornal de Noticias