Projeto Travar a Pinheirinha em execução no concelho de Cantanhede

03.03.2025 –

O projeto Travar a Pinheirinha, aprovado no âmbito no âmbito do Aviso n.º 11545/2023 (Proteção e Conservação da Natureza e da Biodiversidade – Projetos de erradicação e controlo de espécies invasoras prioritárias) do Fundo Ambiental, com o objetivo de assegurar o controlo, a contenção ou a erradicação de espécies exóticas invasoras prioritárias, já se encontra em execução.

Este projeto, resultante de uma candidatura submetida pelo Gabinete Técnico Florestal do Município de Cantanhede, para além das ações de erradicação e controlo das espécie exóticas invasoras erva-pinheirinha (Myriophyllum aquaticum), cana-do-reino (Arundo donax) e várias espécies de acácia (Acacia dealbata, Acacia melanoxylon e Acacia longifolia), irá realizar ações de sensibilização para a população em geral relativamente à problemática associada à ocorrência e identificação destas espécies invasoras, bem como à identificação e preservação de espécies autóctones. Culminará ainda com ações de restauro ecológico, através da reintrodução de espécies nativas nos espaços intervencionados.

O projeto está enquadrado na Estratégia Nacional de Conservação da Natureza e Biodiversidade 2030 no que diz respeito aos objetivos definidos no seu Eixo 1 (“Melhorar o estado de conservação do património natural”), nomeadamente no ponto “1.4 – Reforçar a prevenção e controlo de espécies exóticas invasoras a nível nacional e no quadro da EU”. Este projeto é de cariz municipal, estando atualmente em execução na Lagoa dos Coadiçais (ou dos Cedros), na Lagoa do Corgo Dentro e na Vala do Pontão, na freguesia de Febres.

As atividades contemplam atualmente a remoção de erva-pinheirinha com o auxílio de uma máquina anfíbia, utilizando a mesma metodologia da recente intervenção na Lagoa dos Teixoeiros (freguesia de Tocha), sendo previsível que estas ações ajudem a menorizar o impacto altamente negativo que estas espécies exóticas invasoras exercem sobre os espelhos de água e linhas de água.

De referir, ainda, que as zonas de intervenção estão incluídas na Estrutura Ecológica Municipal, que tem como principal função contribuir para o equilíbrio ecológico e para a proteção, conservação e valorização ambiental e paisagística dos espaços rurais e urbanos, garantindo as funções de proteção das áreas de maior sensibilidade ecológica e de maior valor para a conservação da flora autóctone, proteção das áreas afetas a riscos para a ocupação humana, a salvaguarda da função produtiva do concelho e a proteção e a manutenção em rede dos corredores ecológicos secundários.