O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, anunciou hoje um novo confinamento de um mês para Inglaterra, depois de especialistas alertarem que sem uma ação forte o novo surto de covid-19 irá sobrecarregar os hospitais em semanas.
No dia em que o Reino Unido ultrapassou o milhão de casos de covid-19, o primeiro-ministro deu uma conferência de imprensa na qual confirmou que as restrições rigorosas à economia e à vida quotidiana começam na quinta-feira e durarão até 02 de dezembro.
Boris Johnson disse que “nenhum primeiro-ministro responsável” poderia ignorar os números negros da pandemia.
Sem agirmos, poderemos ver as mortes neste país chegarem a vários milhares por dia”, afirmou o primeiro-ministro, que foi ele próprio hospitalizado no início da pandemia com um caso grave de covid-19.
Com as novas restrições, os bares e restaurantes só podem estar abertos para ‘take-away’, comércio não essencial deve encerrar e as pessoas só podem sair de casa por razões contidas numa pequena lista, na qual se inclui o exercício físico. Atividades que vão desde ir cortar o cabelo ou ir de férias para o estrangeiro ficam de novo canceladas.
Ao contrário do primeiro confinamento de três meses no Reino Unido, no início do ano, as escolas, universidades, empresas de construção e indústria continuarão a funcionar.
Boris Johnson tinha decretado um conjunto de restrições regionais no início de outubro, mas não foram suficientes. Consultores do Governo preveem que na atual trajetória do surto a procura de camas hospitalares excederá a capacidade até à primeira semana de dezembro, mesmo que os hospitais temporários criados no primeiro pico da pandemia sejam reabertos.