“Precisamos de acabar com os velhos hábitos” como Lacerda Machado na TAP

Catarina Martins diz que este “é o momento de mudar a forma como PSD e PS têm agido quando olham para as empresas públicas.

A líder do BE exigiu hoje ao Governo que acabe com “velhos hábitos” na nomeação de administradores para empresas públicas e criticou as declarações de Passos Coelho sobre o assunto, afirmando que este agiu da mesma forma.

Catarina Martins reagia assim à nomeação do advogado Diogo Lacerda Machado, amigo do primeiro-ministro, António Costa, para vogal da TAP.

No discurso de apresentação dos candidatos do BE à Câmara do Seixal, Catarina Martins começou por defender que este “é o momento de mudar a forma como PSD e PS têm agido, quando olham por exemplo, para as empresas públicas, para as empresas participadas pelo Estado”.

“Ouvi Pedro Passos Coelho muito chocado com a forma como foram feitas as indicações do Governo para a administração da TAP. Foram feitas de uma forma muito parecida com as que Passos Coelho fez sempre, enquanto estava no Governo”, acusou.

O líder do PSD, Passos Coelho, considerou no sábado à noite que é “uma pouca vergonha” o Governo nomear para administrador da TAP “o mesmo homem que andou a negociar a reversão” da privatização da transportadora.

Hoje, a líder do BE foi perentória: “precisamos de acabar com os velhos hábitos que nos dão pouca segurança sobre a qualidade da nossa democracia”.

Na opinião de Catarina Martins, “estes velhos hábitos condizem muito mal com o novo ciclo político” do país “e com a expectativa de quem quer que a política tenha uma nova credibilidade”.

“Está no momento de, no parlamento também, podermos conversar melhor sobre estas matérias porque a credibilidade é algo que se conquista a cada dia, com decisões transparentes, com decisões que cada um e cada uma possa compreender e possa ter a certeza que são feitas em nome do interesse público”, exigiu.

De acordo com a presidente do BE, há “uma enorme expectativa – e legítima – de quem votou por uma mudança política no país”.

“Uma expectativa de que haja uma nova forma também de fazer política. E essa é muito importante porque credibiliza o nosso percurso a cada dia”, defendeu.

TSF