24.4.2023 –
Vários países apressaram, nas últimas horas, a retirada dos seus cidadãos do Sudão. A maioria das evacuações, que abrangem portugueses, está a acontecer por via aérea, mas algumas pessoas estão também a abandonar o país por via marítima e terrestre.
“Naturalmente que até estarem todos fora do país e estarem todos em território nacional, continuaremos a apoiar e acompanhar”.
No Sudão estão 22 cidadãos nacionais. No entanto, o Governo português “não exclui a possibilidade de aparecer mais algum”.
“Desses 22, 21 quiseram sair e são esses que estamos agora a apoiar e acompanhar a sua saída”.
“A nossa expectativa é positiva, mas continuamos a trabalhar com intensidade e com cuidado. A segurança é, evidentemente, a primeira prioridade. Depois disso vem a questão logística de como tirá-los, em particular do Djibuti, que é onde a maior parte irá estar. Alguns no Egito. Mas essa é uma componente logística sem a preocupação da segurança”.
A operação foi realizada “em colaboração com outros países europeus e aliados”, tendo sido criada “uma ponte aérea internacional autorizada a chegar à base militar em Djibuti”.Para já, o embaixador da União Europeia mantém-se no Sudão, mas deixou a capital, Cartum, avançou Josep Borrel, alto representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança.
A Espanha anunciou, também no domingo à noite, que conseguiu retirar para Djibuti, por via aérea, cerca de uma centena de pessoas do Sudão, incluindo portugueses, no âmbito do movimento de saída de cidadãos estrangeiros e pessoal diplomático.
Além de espanhóis, entre os passageiros italianos, polacos, irlandeses, mexicanos, venezuelanos, colombianos e argentinos, bem como sudaneses, detalharam fontes do Ministério espanhol da Defesa.
Além dos retirados na operação, um grupo de espanhóis decidiu, voluntariamente, permanecer no Sudão ou abandoná-lo por outros meios, enquanto outros conseguiram deixar o país já antes da implementação deste dispositivo. Na operação, acrescentou o Ministério da Defesa espanhol, estiveram envolvidos cerca de 200 militares.
O avião espanhol “voa com mais de 30 espanhóis e outros 70 cidadãos europeus e latino-americanos retirados de Cartum, capital do Sudão, com destino ao Djibuti, após uma operação coordenada pelos Ministérios dos Negócios Estrangeiros, União Europeia e Cooperação e da Defesa”, especificou o Governo de Espanha.