Não será em Lisboa, mas também ainda não se sabe em que região do país se vai realizar este festival. O diretor executivo da associação Variações avança à TSF que o cartaz será composto por “grandes nomes da música internacional”, que fazem parte ou apoiam a comunidade LGBTI. Segundo os cálculos da Associação Variações, o comércio e turismo LGBTI poderia render entre dois a quatro mil milhões de euros à economia nacional.
Pela primeira vez, Portugal vai ter um festival internacional de música LGBTI. O evento está marcado para julho, numa cidade ainda por desvendar, mas que não será Lisboa. Os detalhes só deverão ser revelados no final do mês de janeiro ou início de fevereiro, mas o diretor executivo da Associação Variações, Diogo Vieira da Silva, adianta a novidade à TSF.
“Estamos a falar de um grande festival de música internacional que se vai realizar durante três dias em Portugal, em julho, organizado para esta comunidade e destinado a esta comunidade. Os próprios artistas representam esta comunidade”, refere.
Estamos a falar de grandes nomes da música que ouvimos na rádio, são pessoas da comunidade ou que apoiam a comunidade”, sublinha.
Portugal precisa de apostar em equipas destinadas, em exclusivo, ao mercado LGBTI, defende Diogo Vieira da Silva. O diretor executivo da Associação de Comércio e Turismo LGBTI de Portugal lembra que o setor não escapou à crise provocada pela pandemia, mas foi o primeiro a recuperar.
“O segmento LGBT foi o primeiro a viajar, foi o primeiro a não ter medo de vacinar-se e a respeitar todas as normas de segurança, porque estamos a falar de um segmento que habitualmente já viaja muito mais do que o segmento tradicional. Estamos a falar que viaja cinco vezes mais, que gasta habitualmente 50% mais na sua viagem, que tem uma disponibilidade para viajar muito maior e que procura um tipo de turismo muito diferenciador”, explica.
“Acho que Portugal não se soube posicionar muito bem na atração deste segmento, porque não tem estas equipas especializadas a trabalhar para este segmento e a comunicar com este segmento”, considera Diogo Vieira da Silva.
A Associação Variações, que foi fundada há quatro anos, calcula que o comércio e turismo LGBTI poderia render à economia nacional entre dois a quatro mil milhões de euros.
Carolina Quaresma / Cristina Lai Men