Portugal em contraciclo na Covid-19

O Reino Unido colocou o arquipélago da Madeira, Malta e as ilhas Baleares na sua “lista verde” de destinos que considera seguros, ou seja, para onde os britânicos podem viajar sem precisarem de fazer quarentena quando regressarem a casa.

A medida entre em vigor às quatro horas do dia 30 de junho.

A ilha espanhola de Maiorca diz estar pronta para receber turistas britânicos.

Em Espanha, a partir deste sábado, deixa de ser obrigatório o uso de máscara ao ar livre. Os espanhóis poderão circular sem máscara no exterior desde que seja possível manter uma distância segura de 1,5 metros entre as pessoas de diferentes grupos.

Em contraciclo está Portugal. Dois meses depois de começar a aliviar as restrições impostas para combater a Covid-19, o país trava o plano de desconfinamento devido ao forte aumento do número de novos casos de infeção. A região de Lisboa e Vale do Tejo é a mais afetada, registando um surto da variante Delta do coronavírus, que agora é responsável por mais de 7 em cada 10 novas infeções na capital.

O país registou 1.556 novas infeções na quinta-feira – o número mais elevado desde 20 de fevereiro. Pouco mais de 1.000 registaram-se na região de Lisboa.

O primeiro-ministro, António Costa, alertou que o problema não se encontra apenas em Portugal. O governante português afirmou que os especialistas preveem que a variante Delta, com origem na Índia, seja responsável por 90% das novas infeções em toda a Europa até ao final de agosto.

“Portugal encontra-se, neste momento, claramente na zona vermelha da nossa matriz, pelo que não existem condições para prosseguir o plano de confinamento que estava previsto”, anunciou a ministra portuguesa de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva.

A braços, também, com um forte aumento do número de novas infeções pelo novo coronavírus está a Rússia. Na quinta-feira, registaram-se 20.182 novos casos e mais 568 mortes.

Os números têm vindo a escalar desde o início do mês de junho, enquanto as autoridades lutam para convencer a população de que a vacinação é necessária.

Até quarta-feira, apenas 20,7 milhões de russos – ou 14% da população – tinham recebido pelo menos uma dose da vacina, enquanto 16,7 milhões – 11% – tinham sido totalmente imunizados.

Euronews