PORTO: Mais faixas BUS admitem motos

A Câmara do Porto vai alargar a circulação de motociclos e ciclomotores em corredores BUS, depois de concluída a primeira fase piloto, em cerca de 25% das faixas existentes na cidade.

A proposta da vereadora da mobilidade Cristina Pimentel vai a reunião de câmara na próxima terça-feira, acompanhada de um relatório de avaliação por parte da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) que conclui que a autorização de circulação a ciclomotores e motociclos “deve ser alargada, de forma a abranger cerca de 50% da extensão total de corredores Bus existentes no município”.

Contudo, a monotorização do projeto vai continuar durante mais um ano, no fim do qual “a medida será novamente avaliada com vista ao seu alargamento generalizado a todos os corredores Bus existentes no município”.

De acordo com o relatório da FEUP, “cerca de 42% dos ciclomotores e motociclos que circulavam nos arruamentos que integram a zona-piloto utilizavam os corredores Bus”, mas “considerando todos os veículos que circulavam nos corredores Bus apenas 11% eram motociclos e ciclomotores”.

“Os baixos índices de utilização dos corredores Bus por parte dos ciclomotores e motociclos observados nos arruamentos que integram a zona piloto podem estar relacionados com o facto de a medida estar implementada apenas numa pequena parte dos arruamentos da cidade”, consideram os autores do relatório.

No entanto, acrescentam que “esta baixa adesão poderá ainda resultar dos corredores selecionados para integrarem o estudo piloto serem de curta extensão e ainda serem corredores onde se localizam muitas paragens de autocarros, algumas dedicadas aos tempos de suporte”.

A proposta que vai ser votada na terça-feira prevê que o projeto seja alargado às ruas de Diogo Botelho, do Campo Alegre, ao acesso da VCI à rua do Campo Alegre, rua de Júlio Dinis, rua de D. Manuel II, rua de Passos Manuel, rua de Alexandre Braga e rua de Costa Cabral.

“Esta medida poderá trazer vantagens em termos de redução do tempo de viagem, redução dos níveis de emissão de CO2, aumento de segurança para os motociclistas, incentivo à transferência modal do automóvel para o motociclo e, não menos importante, redução do tráfego automóvel”, referiu a autarquia há um ano, quando foi anunciada a medida.