Piloto desmaiou num voo do Porto para o Funchal e co-piloto teve de regressar à origem

O episódio aconteceu quase à chegada ao Funchal e o co-piloto, por não estar credenciado para aterrar no aeroporto da Madeira, decidiu voltar para trás e aterrar no Porto.

O ex-comandante da TAP, José Correia Guedes, que através da sua conta no Twitter acompanha a vida do setor da aviação e partilha várias histórias da sua carreira enquanto piloto – tal como fez na entrevista que deu ao SAPO24 – contou ontem o episódio que teve lugar num voo entre o Porto e o Funchal em que o piloto desmaiou quase à chegada. O co-piloto, por não estar credenciado para aterrar no aeroporto do Funchal, decidiu voltar para trás e aterrar no Porto de onde o avião tinha partido.

“Comandante Transavia B737 voo Porto / Funchal desmaiou perto do destino. Copiloto não podia aterrar no Funchal mas podia Porto Santo. Voltou para o Porto mas antes tinha Faro e Lisboa mesmo à mão. Incapacitation Check List manda aterrar aeroporto mais próximo”, escreveu o ex-comandante da TAP, agora na reforma.

A notícia sobre o episódio foi publicada num meio de comunicação especializado, o “The Aviation Herald”, na sexta-feira.  O co-piloto reportou que o piloto “desmaiou por um minuto, suspeitando-se de quebra de tensão” e que foi necessária a intervenção médica realizada por um passageiro que ia a bordo. O voo em causa era operado pela companhia low cost holandesa Transavia e o avião era um Boeing 737-800.

Nem todos os pilotos podem aterrar no Funchal cujo aeroporto, pelas suas especificidades, exige formação própria para o efeito. O co-piloto do voo da Transavia não tinha essa formação, razão pela qual teve de divergir o avião para outro aeroporto. Lisboa ou mesmo Faro estariam mais perto, mas razões de outra ordem, como meteorológicas ou mesmo logísticas (para substituição de tripulação) podem ter levado a que optasse pelo regresso ao Porto.

Madremedia