O papa Francisco iniciou hoje a “maratona de orações” do Rosário, que se realizará todos os dias de maio e na qual participarão santuários de todo o mundo, entre os quais o de Fátima, para pedir o fim da pandemia de covid-19.
Francisco pediu que se aposte na batalha da ciência contra o vírus e que se invista em investigação e não em armas, numa cerimónia solene em que esteve sentado em oração diante da imagem da Virgem do Socorro na capela gregoriana da Basílica de São Pedro, acompanhado por uma centena de fiéis que se revezaram na oração.
O objetivo desta iniciativa, promovida pelo Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização, é implorar à Virgem o fim da pandemia e a proteção da Humanidade.
A oração em Fátima será realizada no dia 13 de maio, dia da Peregrinação Internacional Aniversária ao santuário português, e os fiéis serão convidados a rezar “pelos presos”.
No final da cerimónia de hoje, o papa pronunciou uma oração na qual pediu o fim desta “dramática situação” e alívio para a população “carregada de sofrimento e angústia”, devolvendo ao mundo “um horizonte de esperança e paz”.
Francisco recordou ainda os mortos “às vezes sepultados de uma forma que fere a alma”, desejou apoio aos doentes sozinhos e incutiu confiança em quem vive “com ansiedade” o futuro económico e laboral.
O papa também implorou a proteção para os médicos, enfermeiras e para os voluntários no seu “esforço heroico” e pediu para “iluminar a mente dos homens da ciência para que encontrem soluções justas para derrotar este vírus”.
Francisco fez também um apelo aos governantes para “agirem com sabedoria e generosidade” para com os mais desfavorecidos e exigiu que “as enormes somas de dinheiro destinadas às armas sejam dirigidas para os estudos para prevenir catástrofes semelhantes” no futuro.
Esta maratona de orações prosseguirá às 18:00, hora de Roma, (16:00 horas TMG) todos os dias num santuário do mundo, até dia 30, e será transmitida pelos canais da Santa Sé.
A imagem de Nossa Senhora do Socorro é venerada desde o século VII quando estava acima do altar de São Leão na primitiva Basílica do Vaticano.
Posteriormente, foi colocada, onde se encontra até hoje, na Capela Gregoriana da Basílica de São Pedro, construída pelo Papa Gregório XIII, em 1578, onde também estão preservadas as relíquias de São Gregório de Nazianze.
Hoje, o papa rezou na Basílica de São Pedro “pela humanidade ferida pela pandemia” e no Santuário de Nossa Senhora de Walsingham, em Inglaterra, foram rezadas orações “pelos que morreram devido à pandemia”.
Em 4 de maio, por exemplo, a oração do Rosário será na Basílica da Anunciação, em Nazaré, e será “pelas mulheres grávidas e bebés em gestação”, enquanto em 6 de maio se realizará no Santuário de Nossa Senhora Aparecida, no Brasil, onde se rezará “pelos jovens” e em 22 de maio, a oração mariana far-se-á no Mosteiro de Nossa Senhora de Montserrat, em Espanha, em que se pedirá “pelos voluntários”.
Finalmente, no dia 31 de maio, o Papa concluirá esta maratona presidindo à oração do Rosário nos Jardins do Vaticano onde se pedirá “pelo fim da pandemia e pela retomada da vida social e profissional”.
Lusa