Pai denuncia adeptos do Barcelona que atacaram criança autista por usar cachecol do Real Madrid

31.10.2023 –

Jaime Fernández conta que no fim de semana transato, antes da partida entre catalães e madrilenos, vários adeptos chamaram a criança de “cão, porco, filho da mãe e atiraram-lhe um foguete”.

Jaime Fernández e a sua família viveram momentos de tensão no passado sábado à porta do Estádio Olímpico Lluís Companys, em Barcelona, quando tentavam arranjar bilhetes para o clássico entre a equipa da casa e o Real Madrid. De acordo com as declarações de Jaime ao jornal El Mundo, um grupo de adeptos ameaçou e insultou o seu filho de sete anos que sofre de autismo.

Uma família espanhola viveu, no passado sábado, um momento que em nada dignifica o futebol. Quando tentavam arranjar bilhetes para o jogo grande da Liga Espanhola de futebol, à porta do estádio emprestado dos “Blaugrana” – o mítico Camp Nou encontra-se em remodelação, pelo que os catalães têm de jogar no Estádio Olímpico Lluís Companys -, “cerca de 20 ou 30 ultras do Barcelona” ameaçaram o pequeno adepto que trazia consigo um cachecol dos “Merengues”.

O pai revela ao jornal espanhol que o mesmo grupo chegou a atirar um engenho pirotécnico contra a criança, que ficou nervosa e obviamente transtornada com a situação.

La Liga vai analisar imagens das câmaras de segurança

Jaime Fernández já expôs o caso à La Liga, que irá analisar as câmaras do recinto desportivo de forma a apurar ao certo o que aconteceu.

Conta que a criança “não é grande fã de futebol” e só tinha um cachecol do Real Madrid porque lhe foi oferecido momentos antes e porque “gosta mais de branco”.

No entanto, esse pequeno detalhe foi suficiente para que o grupo de adeptos da equipa onde alinham os portugueses João Félix e João Cancelo importunasse a família.

Chamaram-lhe de ‘porco, cão, filho da mãe, tira isso, vamos queimá-lo…Tudo numa atitude bastante ameaçadora”, revela Jaime Fernández.

Acrescenta que a sua esposa tentou demover os adeptos dizendo-lhes que o filho sofria de autismo, mas confrontados com esta informação “ainda fizeram pior”.

“Pegámos na criança e no mais pequeno, que tem 3 anos, e saímos de lá a correr”, relata, reconhecendo que o menino, chamado Arkaitz, “no dia seguinte não estava bem. Ele não entendia nada”.

SIC Notícias