20.8.2024 –
Um padre foi preso no domingo em Coari, no Brasil, por suspeitas de pedofilia. O homem, de 31 anos, terá engravidado uma das vitimas, obrigando-a a realizar um aborto e enterrar o feto num quintal. As investigações apontam para que este não seja o único caso.
Um padre foi preso no domingo em Coari, no interior do estado do Amazonas, por suspeitas de pedofilia. Paulo Araújo da Silva, de 31 anos, mantinha relações com menores e chegou a engravidar uma das vítimas, obrigando-a a abortar.
Segundo o site G1, as investigações começaram quando a jovem, de 17 anos, revelou que mantinha um relacionamento com um padre desde os 14. A rapariga terá relatado que o homem filmava as relações sexuais e que depois guardava os vídeos.
Dessa relação resultou uma gravidez, mas o padre, com a ajuda de um amigo, terá obrigado a jovem realizar um aborto.
Nesse contexto, entra a participação de um homem de 34 anos, que está foragido. Ele é amigo do padre e foi o responsável por fornecer à adolescente um medicamento que ela ingeriu e resultou no aborto. O feto foi expelido no quintal da casa desse amigo e enterrado no local. Isso foi confirmado tanto por fotos quanto pelo depoimento da vítima”, explicou o delegado José Barradas ao G1.
A vítima contou, ainda, que era constantemente ameaçada e obrigada a manter relações. De acordo com José Barradas, a rapariga afirmou que o homem dizia que “iria acabar com a vida dela, pois ela era sua e de mais ninguém”.
Investigações apontam que pelo menos quatro adolescentes foram abusadas
O homem foi detido em casa na manhã de domingo e estava acompanhado por uma jovem que tinha completado recentemente 18 anos. No local, foram encontrados mais de 260 vídeos de cariz sexual.
Segundo a polícia civil, as investigações continuam. Depoimentos de testemunhas indicaram que o padre aliciava outras pessoas.
Ao G1, a Diocese de Coari manifestou repúdio a toda e qualquer forma de abuso e exploração e informou que foram tomadas as providências necessárias, nomeadamente o afastamento do referido religioso de todas as funções que desempenhava na Igreja Católica.
Rita de Sousa / SIC Notícias