Antes de passar à música propriamente dita, vamos às apresentações. O meu nome é Irene Leite, sou jornalista e uma melómana assumida. Tanto que nas minhas aventuras pela escrita os contos são sempre de cariz musical, com a excepção da Tiffany, que apresenta, ainda assim, umas alusões a músicos pop/rock (INXS, ou até mesmo Michael Jackson). O meu projeto mais ambicioso é a Ziggy Brown, conto que o Mira Online divulgou e que vai ao encontro do imaginário de David Bowie com o tremendo e eterno álbum, The Rise and Fall of Ziggy Stardust and The Spiders from Mars (1972)
Feitas as apresentações… vamos ao que interessa. Música, claro. E continuamos (e muito bem, digo eu) na companhia do grande camaleão do rock. O que posso dizer do seu trabalho? Amor à primeira vista. Assim, sucintamente.
Curiosamente o primeiro álbum que “saltou” para os meus ouvidos foi o Young Americans (1975), com o seu incansável groove. Tinha 19 anos e fiquei fascinada com tamanha entrega e paixão evidenciada ainda no jovem David Robert Jones.
Depois veio o Let´s dance (1983) com a sua “China Girl”,”Cat People”, ou “Shake it”, que me deixou completamente encantada. Tudo bem que era uma fase mais “radio friendly” e menos alternativa. Mas a qualidade e eficácia estavam lá. E era Bowie, sempre certeiro.
Seguiu-se o meu extraterreste favorito, a Ziggy Stardust, que , juntamente com as aranhas de marte (“Is There life on Mars?”) vinha salvar o planeta Terra. Tinha apenas 5 anos , mas os vicios do Rock and Roll derrubaram este “Starman”. Ficou o mito e gloriosas canções. Basta mencionar “Ziggy Stardust” (belissima interpretação pelos Bauhaus , também), “Star”, ou “Rock and Roll Suicide”.
E depois, o resto é literalmente história: Ziggy Brown e os felinos de Vénus. A minha “loucura saudável”.
Para sempre fica o eterno respeito a toda a obra de David Bowie, que impulsiona a minha criatividade. Através das suas canções, imagino histórias. Um “amor eterno” a esta profícua carreira.
Irene Leite
Directora do Som à Letra (Periódico online)