Número de mortos aumentou depois da guarda costeira ter resgatado corpos no mar. As chamas levaram a que muitos turistas e também cidadãos gregos fugissem do fogo para as praias a leste de Atenas.
Número de mortos aumentou depois da guarda costeira ter resgatado corpos no mar. As chamas levaram a que muitos turistas e também cidadãos gregos fugissem do fogo para as praias a leste de Atenas.
Pelo menos 74 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas nos graves incêndios que têm assolado a capital grega e a região de Ática, de acordo com os bombeiros.
O novo balanço dá ainda conta da existência de 187 feridos, entre os quais 24 crianças, nos cuidados intensivos hospitalares da região de Ática.
O número de mortos aumentou depois de as autoridades terem descoberto 26 corpos em Mati, localidade que desapareceu completamente do mapa. Um vídeo divulgado por militares gregos mostra esta realidade . Um cenário de destruição visto a partir do céu.
Também foram encontrados quatro corpos no mar, uma vez que as chamas levaram a que muitos turistas e cidadãos gregos fugissem do fogo para as praias a leste de Atenas.
Os serviços de emergência continuam a receber telefonemas a alertar para o desaparecimento de pessoas, pelo que se teme que o número de mortes seja ainda maior. “O número de mortos vai continuar a subir”, diz Evangelos Bournous, mayor de Rafina.
Bruxelas promete ajudar
Centenas de bombeiros continuam a tentar controlar os grandes incêndios que assolam a Grécia desde o início da tarde de segunda-feira, mas os trabalhos estão a ser dificultados por ventos fortes.
O povo grego está a viver “uma tragédia indescritível”, disse o primeiro-ministro Alexis Tsipras. Foram declarados três dias de luto nacional.
A Grécia pediu apoio à União Europeia para o combate ao fogo e o presidente da Comissão Europeia já garantiu que Bruxelas “não vai poupar esforços para ajudar a Grécia e o povo grego” durante o tempo que for preciso.
Vários países já anunciaram que vão enviar ajuda, incluindo Portugal, que prometeu disponibilizar 50 elementos da Força Especial de Bombeiros.
O primeiro-ministro grego antecipou o seu regresso para Atenas , depois de uma viagem à Bósnia-Herzegovina, para acompanhar a situação a partir do Centro de Coordenação Unificado.
Já o ministro da Administração Interna (Ordem Pública), Nikos Toskas, pediu cautela aos cidadãos e sugeriu que os incêndios podem ter sido provocados.
António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa já deixaram mensagens de solidariedade ao povo grego.
Não há, até ao momento, registo de portugueses entre as vítimas ou desaparecidos nos incêndios, confirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros .
TSF *com Carolina Rico, Rita Carvalho Pereira e Guilherme de Sousa
Foto REUTERS/Alkis Konstantinidis