06.11.2022 –
Resgatados das águas do Mediterrâneo, são agora mais de mil os migrantes que aguardam chegar a um porto seguro. Mas o governo do país mais próximo, a Itália, não os quer receber.
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–O novo executivo italiano acabou de validar um diploma que literalmente fecha as portas aos navios humanitários que os acolheram.
"Please help us" Some of the survivors on board have spoken out peacefully by writing messages in their respective languages.Their voices need to be heard.
Heavy rain and wind are expected very soon. #OceanViking is currently seeking shelter. Survivors need a safe place urgently pic.twitter.com/uVLuxUCeyO— SOS MEDITERRANEE (@SOSMedIntl) November 4, 2022
Matteo Salvini, agora ministro das Infraestruturas, veio declarar que “finalmente, os italianos voltaram a proteger as fronteiras” e que “o novo decreto estabelece o princípio que impede barcos estrangeiros de trazer única e exclusivamente migrantes ilegais”.
Alguns dos passageiros escreveram pedidos de ajuda nas redes sociais. Nalguns pode ler-se que as condições climatéricas estão a agravar-se e que “estes sobreviventes necessitam urgentemente de um local seguro”.
O ministro italiano do Interior, Matteo Piantedosi, abriu a possibilidade de deixar entrar menores e casos de emergência médica. França e Alemanha anunciaram que podem também receber parte dos passageiros.