Outra “grande erupção” foi detetada no vulcão de Tonga, disse uma estação de monitorização baseada em Darwin, dias depois de uma primeira erupção ter desencadeado ondas de tsunami ao redor do Pacífico.
A última erupção foi detectada às 22h10 de domingo (hora de Lisboa), de acordo com um alerta do Centro de Observação de Cinzas Vulcânicas de Darwin.
O Centro de Alerta de Tsunami do Pacífico também afirmou ter detetado grandes ondas na área: “Pode ser devido a outra explosão do vulcão de Tonga. Não há terramotos conhecidos de tamanho significativo para gerar esta onda”.
A erupção de Hunga Tonga-Hunga Ha’apai, na sexta-feira, numa das ilhas desabitadas de Tonga, espoletou um tsunami que afetou o Pacífico, do Japão ao Peru e aos Estados Unidos, tendo sido emitidos vários alertas, na região, durante o dia de sábado.
Uma grande onda atingiu algumas casas e edifícios em frente à praia e inundou rapidamente as imediações, de acordo com vídeos publicados nas redes sociais.
O tsunami causou danos “significativos” na capital da ilha, Nuku’alofa, disse a primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, mas a ameaça foi declarada terminada.
À BBC, a Federação Internacional de Cruz Vermelha e Crescente Vermelho calcula que pelo menos 80.000 pessoas tenham sido afetadas no arquipélago.
A atmosfera na região está coberta de cinza vulcânica, foram registados cortes de energia e falhas nas comunicações, pelo que a Nova Zelândia anunciou o envio de uma avião para avaliar os estragos.
O impacto da erupção e do tsunami fizeram-se sentir a nível global, com diferentes escalas de intensidade.
De acordo com a agência France-Presse, no Peru, duas mulheres morreram numa praia, por causa de “ondas anormais” provocadas pelo vulcão, a mais de 10.000 quilómetros.