Abbigail Bugenske, de 22 anos, é a nova milionária do estado do Ohio, nos Estados Unidos. Quando lhe ligaram a informar que tinha ganho o prémio da lotaria — cujo intuito é incentivar a toma da vacina contra a covid-19 — não acreditou e confessa ter pensado que se tratava de uma chamada a brincar.
Na quarta-feira passada o estado do Ohio preparou um programa televisionado em direto para anunciar o vencedor da primeira lotaria destinada aos cidadãos que decidiram tomar pelo menos uma dose da vacina contra a covid-19. Assim, cerca das 19:29 locais, foram descobertos os vencedores do concurso. Ou, neste caso, uma das vencedoras.
Abbigail Bugenske estava a conduzir de Cincinnati para a casa dos pais perto de Cleveland quando recebeu uma chamada que a deixou num real estado de euforia. Do outro lado do telefone, nada mais do que o governador Mike DeWine. Para a informar que tinha acabado de ganhar um milhão de dólares.
“Pensei inicialmente que era uma chamada a gozar”, revelou a jovem ao The New York Times (NYT). Depois da chamada que pensou ser a brincar, recebeu quase de pronto uma explosão de mensagens no seu telefone que confirmara a boa-nova. Abbigail entrou em casa dos seus pais incrédula e envolta num autêntico estado de histerismo.
“Gritei o suficiente para que os meus pais pensassem que estava a chorar e que algo se passava”, confidenciou ao jornal. “Comecei a gritar que tinha ganho um milhão de dólares e que ia ser milionária”, remata. A vencedora da lotaria terminou o curso da faculdade no ano passado e mudou-se recentemente para a área de Cincinnati para trabalhar como engenheira.
Aos 22 anos, por ter sido vacinada, ficou legível para o concurso da lotaria promovido pelo estado do Ohio que tem como intuito incentivar à vacinação. A ideia, que o NYT salienta que atraiu tanto entusiasmo como escrutínio, está a ganhar força um pouco pelo território norte-americano, uma vez que estados como o Colorado, Maryland e Oregon oferecem incentivos semelhantes num esforço conjunto para impulsionar a toma das vacinas — que estão declínio. No final da semana passada foi a vez de a Califórnia juntar-se ao comboio.
No entanto, uma das críticas destes incentivos, aponta o jornal, é de que podem fazer pouco para mudar a vontade e a opinião das pessoas que são contra as vacinas e que recusam serem vacinadas. No caso de Abbigail, por exemplo, foi diferente. A jovem explicou que recebeu a vacina assim que se tornou legível, antes de a lotaria sequer ser anunciada, tendo feito a sua inscrição para o torneio somente mais tarde. No caso do Ohio, quem recebeu pelo menos uma vacina é legível para participar na lotaria, não sendo critério a data de quando foram vacinados.
“Encorajaria qualquer pessoa tomar a vacina”, frisou a jovem, acrescentando que “se ganhar um milhão de dólares não é incentivo suficiente” não sabe o que poderá ser.
Segundo as contas do NYT, mais de 2,7 milhões de habitantes do Ohio inscreveram-se no concurso para se habilitarem a receber um milhão de dólares na lotaria. E se já se sabe que não foram os felizes contemplados neste concurso, a esperança continuará de pé pois nas próximas semanas realizar-se-ão sorteios adicionais. De resto, há ainda a possibilidade de os jovens entre 12 aos 17 ganharem uma bolsa de estudos completa para a faculdade.