1.9.2023 –
Com o mesmo espírito vivido no Nepal, o Grupo Nepal e Portugal Cultural com a colaboração do Projeto Sem Diferenças E8G implementado pela Cáritas Coimbra, estão a preparar as celebrações do TEEJ, importante festival para a Comunidade Hindu. Os festejos irão decorrer no dia 17 de setembro, no Gimnodesportivo Marinhense, na Marinha das Ondas.
No Nepal, o festival Teej é especialmente vivido pelas mulheres, que nele celebram a felicidade do casamento, a prosperidade e os valores da família. Durante as festividades, as mulheres visitam templos para orarem pelo bem-estar dos seus maridos e filhos e pela purificação de sua própria alma. Vestem-se de roupas vermelhas, cor tradicionalmente usada pelas noivas no Nepal e que simboliza também poder. Neste dia, todas as mulheres vestem as suas melhores roupas – sári vermelho com ornamentos de ouro e colares compridos verdes. Há um espírito festivo ao redor dos templos e as mulheres cantam, dançam e celebram. O festival tem a duração de 3 dias: o dia de encontro com as famílias, o dia do jejum e o dia das festividades. De acordo com a mitologia hindu, a Deusa Parvati jejuou e orou muito para voltar a estar com o marido Senhor Shiva. Tal como Parvati as mulheres hindus devem jejuar para que as suas orações sejam ouvidas e celebrar após jejum a longevidade e a felicidade conjugal.
A Freguesia da Marinha das Ondas tem acolhido nos últimos anos uma expressiva comunidade Nepalesa e por isso é esperado que este evento reúna mais de 150 pessoas da comunidade do Nepal para recriarem as suas festividades religiosas e culturais, dando possibilidade a esta comunidade de vivenciar o espírito das suas origens. Esta iniciativa é, no entanto aberta a toda a comunidade, bem como à comunicação social, a convite do Grupo Nepal e Portugal Cultural que quer possibilitar que a comunidade conheça alguns aspetos da sua religião, cultura e gastronomia.
A Cáritas de Coimbra, através do seu Projeto Sem Diferenças E8G, tem realizado um trabalho de intervenção e proximidade com as comunidades migrantes que trabalham nas empresas circundantes ao Centro Comunitário Nossa Senhora da Boa Viagem, promovendo a integração social das comunidades migrantes numa sociedade mais igualitária e sem estereótipos.