Morreu Adriano Moreira

23.10.2022 –

Histórico do CDS tinha 100 anos.

Adriano Moreira morreu este domingo aos 100 anos, avançou fonte familiar ao DN e confirmou a TSF Nuno Melo, que lembra o histórico do partido como uma “referência maior dor CDS”, mas também como “uma personalidade fundamental do século XX português e do início do século XXI”.

“O professor Adriano Moreira marcou todos os lugares por onde passou”, quer na política, quer na academia, sublinha o presidente do CDS, recordando a sua intervenção no último congresso do partido quando, “no alto dos seus quase 100 anos se dirigiu aos militantes, dizendo ‘acreditem sempre, não desistam'”.”O partido está de luto, estamos tristes, mas do professor Adriano Moreira levamos o exemplo de uma vida”, realçou Nuno Melo.

De origens humildes, o homem que se tornaria um respeitado advogado, um aclamado professor universitário e uma das grandes figuras históricas do CDS, foi, antes de tudo isso, uma peça no xadrez do Estado Novo.

Celebrou o 100. º aniversário a 6 de setembro, ocasião em que foi homenageado pelo Presidente da República que o classificou como como um homem com “traços de génio” que chegou sempre cedo ou tarde demais.

Ainda na juventude, Adriano Moreira alinhara na oposição ao regime salazarista, fazendo parte de uma lista do Movimento de Unidade Democrática. E antes de integrar o governo de Salazar, chegou mesmo a estar preso na cadeia do Aljube, onde dividiu cela com o líder socialista Mário Soares. Tudo porque, enquanto advogado, defendeu a família de um general – José Marques Godinho – que acusava de homicídio um ministro Salazarista – Fernando dos Santos Costa, que detinha a pasta da Guerra.

Nascido em 1922, em Grijó de Vale Benfeito, em Macedo de Cavaleiros – filho de um polícia de origens humildes, que insistiu que os filhos fossem para a universidade -, mudou-se, ainda em criança, para Lisboa, onde havia de tirar o curso de Direito.

TSF

(Em atualização…)