26.12.2022 –
Tinha 47 anos.
A realizadora e radialista Sofia Saldanha, conhecida pelos seus documentários sonoros, que cruzaram “poética, documental e ficção”, morreu no domingo, aos 47 anos, vítima de doença prolongada, confirmou a Antena 2, estação para a qual trabalhava.
A estação pública, que esta segunda-feira às 19:00 transmite em sua homenagem um excerto de um dos seus trabalhos, “A Lisboa de Fernando Pessoa”, descreveu Sofia Saldanha como uma criadora e artista sonora, “pioneira e inovadora”, cujos documentários áudio se tornaram “uma referência radiofónica em Portugal”.
Sofia Saldanha captava os sons do mundo, das gentes e moldava-os. Depois devolvia-nos em sensíveis e astutos documentários, onde víamos e ouvíamos, no escuro e à escuta, as vozes e os passos de poetas como Fernando Pessoa ou Miguel Torga, o espaço sonoro de uma Trovoada, ou colhia como pedrinhas nos caminhos, textos, vozes e sons por vários autores, embrulhando pequenas peças de teatro para serem ouvidos na rádio”, pode ler-se no site da Antena 2, que também deixou uma mensagem nas redes sociais.
Sofia Saldanha nasceu em Braga, em 1975, e começou a trabalhar em rádio em 1992 quando ainda frequentava a escola secundária. Durante 15 anos trabalhou na Rádio Universitária do Minho, tendo completado o mestrado em Rádio do Goldsmiths College, da Universidade de Londres, no Reino Unido, e aprofundado a experiência de documentarista no Salt Institute for Documentary Studies, nos EUA.