Psicóloga clínica Margarida Gaspar de Matos vai coordenar esse grupo de trabalho.
O Ministério da Educação vai avaliar os efeitos da pandemia na saúde mental dos alunos até ao ensino secundário. Margarida Gaspar de Matos, psicóloga clínica e professora na Faculdade de Motricidade Humana, é quem vai coordenar o grupo de trabalho que ficará com essa tarefa e revela que as equipas vão estar no terreno já a partir do próximo mês.
“O Ministério da Educação tem planeado – e eu sei porque vou coordenar esse grupo – uma avaliação do bem-estar psicológico das crianças todas do país, dos cinco anos até ao 12.º ano. Vamos fazer isso porque estamos preocupados com o impacto, em termos do bem-estar psicológico, que toda esta situação possa ter nos alunos. Estamos todos a trabalhar em contra-relógio para que as coisas sejam feitas ainda durante o mês de janeiro”, explicou à TSF Margarida Gaspar de Matos.
A psicóloga clínica coordenou, nos últimos nove meses, o grupo de cientistas comportamentais que ajudaram o Governo na gestão da pandemia. A task force de comunicação termina funções no final do mês, mas vai chegar a São Bento uma proposta para a criação de um gabinete de ciência comportamentais permanente.
“Fizemos uma proposta de criação de um gabinete, estável e permanente, para fazer o nosso trabalho junto do Governo, daqui para a frente. Estas propostas agora vão ser entregues ao gabinete do primeiro-ministro em janeiro e nós temos a missão concluída. Esperamos mostrar que as ciências do comportamento são importantes para assegurar um gabinete de políticas públicas e agora temos uma proposta de como é que isso vai funcionar porque não pode ser uma task force que dure indefinidamente”, revelou a psicóloga.
A especialista reconhece que a incerteza causada pela nova variante faz deste um momento difícil na gestão da pandemia. De resto, o cansaço acumulado ao longo dos últimos dois anos é mesmo o maior obstáculo ao trabalho dos cientistas.
“Fizemos uma proposta de criação de um gabinete, estável e permanente, para fazer o nosso trabalho junto do Governo, daqui para a frente. Estas propostas agora vão ser entregues ao gabinete do primeiro-ministro em janeiro e nós temos a missão concluída. Esperamos mostrar que as ciências do comportamento são importantes para assegurar um gabinete de políticas públicas e agora temos uma proposta de como é que isso vai funcionar porque não pode ser uma task force que dure indefinidamente”, revelou a psicóloga.
A especialista reconhece que a incerteza causada pela nova variante faz deste um momento difícil na gestão da pandemia. De resto, o cansaço acumulado ao longo dos últimos dois anos é mesmo o maior obstáculo ao trabalho dos cientistas.
“O que foi mais complicado foi toda a mudança cultural, há dois anos não estávamos a ter esta conversa. Mudámos como país, como mundo e essa parte foi complicada, foi sendo feita aos poucos. Apesar da reação fantástica das pessoas, da adesão e proteção, nomeadamente nesta altura, em que as pessoas querem estar todas juntas, há a questão da saturação. É natural que as pessoas estejam extremamente saturadas, estamos todos muitos fartos e com vontade de virar uma página que nunca mais se deixa virar”, afirmou.
Ainda assim, Margarida Gaspar de Matos entende que já não se justifica a manutenção da task force.
“Tivemos quatro missões, a desenvolver ao longo de nove meses, e com um prazo muito específico que acaba agora no dia 30. Não quer dizer que não sejamos precisos, mas sim que tudo o que tínhamos a fazer já fizemos. Basicamente estivemos durante nove meses a assessorar o gabinete do primeiro-ministro, a mandar recomendações no que diz respeito à gestão dos comportamentos dos cidadãos, dos contextos de risco, a questão da comunicação, das mensagens de saúde para proteção e prevenção do risco”, acrescentou Margarida Gaspar de Matos.
Rui Plónio / Cátia Carmo / TSF