O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, alertou hoje para o agravamento da pobreza e das desigualdades e defendeu que “2021 terá de ser o ano do início da reconstrução social, sustentada e justa”.
Numa comunicação ao país, a partir do Palácio de Belém, em Lisboa, após decretar pela 15.ª vez o estado de emergência em Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que “o desconfinamento cria a sensação de alívio definitivo”, mas que “o caminho que se segue ainda vai ser muito trabalhoso”.
O chefe de Estado disse que ainda “vai dar trabalho na pandemia, sobretudo nas áreas em situação mais crítica”, e “vai dar trabalho nos números da economia”.
“Embora saibamos que houve indústria, agricultura, algum comércio e serviços que não pararam, como houve o Estado a suportar emprego rendimentos de muitos portugueses”, referiu.
No entanto, segundo Marcelo Rebelo de Sousa, “mais complicado do que os números da economia é a situação das pessoas”, porque se “a economia demorará a dar os passos da reconstrução, a sociedade demorará muito mais”.
O Presidente da República salientou que o atual contexto deixou “marcas na vida pessoal, familiar e profissional” e provocou um “agravamento da pobreza, das desigualdades, das injustiças”.
“Se 2020 foi o ano da luta pela vida e pela saúde, 2021 terá de ser o ano do início da reconstrução social, sustentada e justa, em que não basta que as pessoas devam ser o centro da justiça, do direito, das finanças, da economia, da política, o centro, têm de sentir que verdadeiramente o são”, acrescentou.
Lusa