A Liga Portuguesa de Futebol Profissional considerou que existiam “condições para a realização do jogo” Feirense-Desportivo de Chaves, da primeira jornada II Liga, apesar da deteção de quatro casos positivos de covid-19 no plantel flaviense.
Em nota publicada no sítio oficial na Internet, o organismo explicou que “as Autoridades de Saúde Regional e a Autoridade de Saúde Nacional decidiram que não estavam reunidas as condições para a realização” da partida, comprometendo-se a investigar a origem dos contágios na equipa visitante.
“A Liga Portugal, e apesar de existirem condições para a realização do jogo, segundo o Plano de Retoma e perante o cumprimento da Lei 3 das Leis de Jogo, compromete-se, agora, a apurar os motivos que levaram à existência destes casos no plantel do Chaves”, indicou a LPFP.
O organizador das competições profissionais alega ter decidido, “de forma pró-ativa, retardar o início do encontro”, após ter recebido a indicação de que as autoridades sanitárias se opunham à sua realização, “através do médico Rui Capucho, do ACES [Agrupamento de Centros de Saúde] do Alto Tâmega e Barroso, pouco antes das 20:00”.
A LPFP pediu “uma informação oficial do sucedido” e precisou que “o relatório do Dr. Rui Capucho chegou, oficialmente e por escrito, à Liga Portugal às 20:24, dando indicação que as Autoridades de Saúde Regional e a Autoridade de Saúde Nacional decidiram que não estavam reunidas as condições para a realização do referido encontro”.
A nota da Liga de clubes surgiu já depois de o Conselho de Administração da SAD do Desportivo de Chaves e a Direção do clube flaviense terem informado que a Direção-Geral da Saúde (DGS) não tinha autorizado a realização da partida da ronda inaugural da II Liga.
“Como foi tornado público, dois jogadores e dois treinadores da equipa técnica do Chaves testaram positivo e, seguindo o protocolo validado pela DGS ainda na época passada, quando se deu a retoma da I Liga, os elementos em causa foram imediatamente colocados em isolamento”, notou a LPFP.
Durante a manhã, o clube transmontano revelou que o médio Guzzo, o guarda-redes Samu e os treinadores adjuntos Pedro Machado e Tiago Castro testaram positivo à covid-19, embora estejam assintomáticos, e, à hora do pontapé de saída, chegou a informação de que o jogo não se deveria realizar.
Já com as duas equipas prontas para começar a partida, o árbitro João Gonçalves recebeu uma chamada telefónica e deslocou-se durante breves instantes ao túnel de acesso ao relvado, tendo, 27 minutos depois da hora prevista para o início, apitado para que os jogadores recolhessem ao balneário.
Lusa