Descrita como influencer, Joana Mascarenhas contou, no ano passado, nas redes sociais que deu um banho de água fria à filha para que parasse com as birras.
O Ministério Público acusou a influencer Joana Mascarenhas de um crime de violência doméstica e vai começar a ser julgada no próximo mês de outubro. O ano passado, a mulher partilhou um vídeo nas redes sociais a dizer que colocou a filha de três anos, vestida, numa banheira de água fria para parar uma birra.
E, por isso, foi acusada pelo Ministério Público de um crime de violência doméstica, processo que arranca no próximo mês de outubro.
O caso gerou uma grande polêmica nas redes sociais.
“Esta partilha, para mim, indica ausência dessa consciência sobre gravidade do comportamento. E é de facto um comportamento grave, porquê? Primeiro, nós temos de assumir que as birras fazem parte do desenvolvimento infantil, nomeadamente em crianças de idade pré-escolar. As crianças não têm nessa idade ainda as mesmas ferramentas que mais tarde vão ter para se regularem para conseguirem gerir as emoções”, indica, em declarações à SIC, a psicóloga clínica e forense, Rute Agulhas.
A psicóloga acrescenta:
“Portanto, nós temos aqui um choque térmico, um estímulo que é muito aversivo. Terá sido colocada numa circunstância bastante aversiva, bastante adversa. E, provavelmente, com dificuldades para respirar, e com dificuldades para gerir a mudança brusca da temperatura corporal. Pode ser até uma situação potencialmente traumática. Pode levar a que a criança possa ter medo ou mesmo de reações mais fóbicas relativamente à àgua, relativamente ao mar, ao banho”.
SIC Noticias