Hospitais do Centro ainda estão a dar “franca resposta”

O secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Rebelo, garantiu hoje que a região Centro tem “uma capacidade hospitalar ainda a dar franca resposta” ao nível dos cuidados intensivos e dos internamentos.

“O que tenho registado nesta segunda vaga é que, indiscutivelmente, estamos melhor preparados para combater esta pandemia do que estávamos há uns meses e que há uma maior articulação dos vários serviços nesta resposta”, disse aos jornalistas o também coordenador da região Centro para o combate à covid-19.

Segundo João Paulo Rebelo, “a região Centro não está a ser exceção ao que está a acontecer no resto do país”, mas, “ainda assim, com uma taxa de incidência de casos nos últimos 14 dias bem inferior a outras regiões do país”.

Apesar de admitir “uma preocupação acrescida também nesta região com os lares residenciais, onde se concentra uma população particularmente vulnerável”, o secretário de Estado disse que tem havido “uma boa articulação da resposta pública, não só ao nível regional, como também ao nível dos serviços distritais, e com a colaboração de todos os municípios”.

De uma forma geral, diria que a situação está – como costuma dizer o senhor delegado regional de saúde – absolutamente controlada e tudo a ser feito ainda sem qualquer razão para estarmos muito preocupados”, acrescentou.

João Paulo Rebelo falava aos jornalistas no final da cerimónia de consignação da obra de alargamento e remodelação das instalações da urgência polivalente do Centro Hospitalar Tondela Viseu (CHTV).

O diretor clínico do CHTV, Eduardo Melo, disse que se tem sentido “uma pressão que vai crescendo à medida da evolução da pandemia na comunidade”, havendo neste momento 22 doentes internados.

“Temos uma enfermaria de 26 camas que está preparada e ainda não está esgotada e teremos a capacidade de aumentar essa capacidade”, transformando “áreas não covid para acolher mais doentes”, explicou.

Segundo Eduardo Melo, não há nenhuma parceria estabelecida com hospitais privados, uma vez que, “neste momento, o hospital ainda tem camas e capacidade para acolher os doentes, tanto patologia covid, como não covid”.

No que respeita aos profissionais, existe “o equilíbrio possível”, explicou, acrescentando que “toda a gente está a trabalhar sob uma pressão maior, mas não há profissionais doentes, nem muitos profissionais de baixa”.

O presidente do conselho de administração do CHTV, Nuno Duarte, aproveitou a cerimónia de hoje para anunciar que as obras do Laboratório de Biologia Molecular do Serviço de Patologia Clínica estão “praticamente finalizadas”.

“Contamos que entre em funcionamento já na primeira semana de novembro, permitindo assegurar internamente a realização de testes à covid-19 e a outras doenças infecciosas”, afirmou.

No primeiro mês de funcionamento, o laboratório terá uma atividade reduzida, “uma vez que é uma fase de formação e garantia de qualidade de testes”, mas, em dezembro, deverá estar a funcionar em pleno, com a capacidade de realizar cerca de 500 testes por dia, acrescentou.

O laboratório representou um investimento de cerca de 740 mil euros (obra e equipamentos).

Lusa